Juntar o útil ao agradável. A frase é indiscutivelmente batida mas reflecte o hábito de descobrir grandes artistas que não sejam conhecidos da maioria das pessoas. Na literatura descobri em Cuba José Marti, poeta que reflecte a identidade do seu povo em todos os meandros dos seus versos. Em Israel Amos Oz, um humanista e universalista, que mostra que os valores da paz são muitos superiores aos de qualquer fronteira. No Egipto, Naguib Mahfouz e, se assim lhe podemos chamar, a sua noção arábico-telúrico. Em França o filósofo das ideias proletárias e do sentimento romântico para além da vida, André Gorz.
E, da Suécia, dois nomes: Birger Sjoberg e Par Lagerkvist. O primeiro, para além de ser um magnífico poeta, distinguiu-se também na música. A sua obra "Pensamentos" mostra a amplitude de uma mente aberta e expansiva a todo o ser, levando-me a reflectir sobre a ânsia dos poetas, a universalidade. Penso que isso fica explicito em "E nunca o tormento acha um céu e nunca o desejo acha uma terra. É por isso que a poesia existe " a sua frase mais conhecida e citada.
Par Lagerkvist, Prémio Nobel em 1951, deu a conhecer, entre muitas obras, o seu "Anão". Reflectindo a visão de uma personagem extremamente referenciada da idade média, o autor reflecte a fragilidade dos homens em contraponto com a lucidez do anão, sendo um importante contributo, mesmo contemporâneo, para a batalha quotidiana que nos pequenos gestos travamos contra a discriminação.
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