Quinta-feira, 17 de Maio de 2007
Os países que já visitei
Terça-feira, 8 de Maio de 2007
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John DonneNo man is an island, entire of itself
every man is a piece of the continent, a part of the main
if a clod be washed away by the sea,
Europe is the less, as well as if a promontory were,
as well as if a manor of thy friends or of thine own were
any man's death diminishes me, because I am involved in mankind
and therefore never send to know for whom the bell tolls
it tolls for thee.
Travis- DriftwoodNobody is an island
Everyone had to go
Pillars turn to butter
Butterflying low
Low is where your heart is
But your heart has to grow
Drifting under bridges
Never with the flow
Escreveu Donne no século XVI e cantaram os Travis já nos anos 90. Ambas vão de encontro ao termo evolução, indo o meu entendimento de encontro à satisfação das necessidades nos valores da partilha, do grupo. Mas e se pensarmos ao contrário, como uma descontrução saindo do grupo para o individual. Será que toda a gente quer ser um continente?
Nenhum homem é uma ilha. Mas se alargarmos o raciocínio e atentarmos em comportamentos padronizados fartamo-nos de ver pessoas isoladas no meio das multidões. E aí pensamos: Nenhum homem é uma ilha mas todo o homem será uma ilha.
Travis- Driftwood
Sexta-feira, 4 de Maio de 2007
Happy Birthday
Quem não se lembra do grande Dynamite Dan ou do Helifoot? Hoje na era da Internet o Spectrum é uma peça de museu. Lembro-me que tive um e que passei horas a jogar, tendo hoje muitas saudades. Lembram-se que para carregarmos os jogos tínhamos de ter um videogravador ao lado? Lembro-me também que comprava aqueles jogos no antigo Continente de Matosinhos, bem ao lado da loja de fotografias. Uma vez comprei um jogo de futebol fabuloso, bem melhor que o Helifoot. Adorava aquilo mas infelizmente o jogo raramente carregava. Mas eu não perdia a esperança e continuava a introduzir a cassete no gravador vezes sem conta, sempre recheado de fé de que aquela vez era a tal. Até que um dia deixou de funcionar! E nunca mais encontrei, em mais nenhuma loja, aquele fantástico jogo de simulação de futebol para o Spectrum. Ainda me lembro das teclas: WASD as direccionais, J para passar, K para correr e L para chutar. Fantástico
Quinta-feira, 3 de Maio de 2007
José Eduardo Agualusa "Manual Prático de Levitação"
Não gosto de festas. Aborrece-me a conversa fiada, o fumo, a alegria fátua dos bêbados. Irritam-me ainda mais os pratos de plástico. Os talheres de plástico. Os copos de plástico. Servem-me coelho assado num prato de plástico, forçam-me a comer com talheres de plástico, o prato nos joelhos, porque não há mais lugares à mesa, e inevitavelmente o garfo quebra-se. A carne salta e cai-me nas calças. Derramo o vinho. Além disso odeio coelho. Faço um esforço enorme para que ninguém repare em mim, mas há sempre uma mulher que, a dada altura, me puxa pelo braço, vamos dançar?, e lá vou eu, de rastos, atordoado pelo estrídulo dissonante dos perfumes e o volume da música. Terminado o número, um tanto humilhado porque, confesso, tenho o pé pesado, sirvo-me de um uísque, com muito gelo, mas logo alguém me sacode, o que foi, meu velho, estás chateado?, e eu, que não, esforçando-me por sorrir, esforçando-me por rir às gargalhadas, como o resto da chusma, chateado? por que havia de estar chateado?, o dever da alegria chama-me, grito, lá vou, lá vou, e regresso à pista, e finjo que danço, finjo que estou feliz, pulando para a direita, pulando para a esquerda, até que se esqueçam de mim.
Quarta-feira, 2 de Maio de 2007
"A nossa liberdade acaba quando começa a dos outros" Discordo
Há ditádos, provérbios, dizeres, frases feitas com as quais não me revejo minimamente. Se aqui já falei da célebre "só é derrotado quem desiste de lutar" cabe-me agora lançar a análise sobre outro ditado com o qual discordo.
"A nossa liberdade acaba quando começa a dos outros". Pois bem, será que as duas liberdades individuais podem estar interligadas, sendo dependentes uma da outra conforme se traduz na frase? Eu acho que não, até porque o homem é transindividual, para além de si mesmo, e terá necessariamente de interagir em grupo, afectando consequentemente a liberdade alheia mas sem causar qualquer tipo de ligação extra. Se bem que se devam seguir os trâmites de grupo, as interferências da nossa liberdade não colocam em causa a liberdade de outrém. Por outras palavras, e pegando em exemplos práticos, a nossa liberdade acaba e a dos outros pode acabar, começar ou manter-se.
Outro aspecto que me faz confusão neste provérbio é a própria mensurabilidade do termo liberdade. Medirmos algo que por norma não nos dá limites não será contra-natura?
A pensar na próxima época
Para que vale ter dois televisores plasma em casa se a nossa casa não tem saneamento básico? Ora bem, na nossa casa, tal como na nossa vida, existe uma palavra que nos pode guiar na direcção correcta do sucesso. Para tudo é necessário equilíbrio, enquadrando os espaços com as nossas necessidades de modo a edificarmos uma estrutura forte. Passando para o desporto, e para formarmos um grupo, há que encontrar os pontos de desequilíbrio da equipa de maneira a corrigirmos os pontos fracos e compensarmos os fortes, ou seja, não vale a pena termos meia dúzia de estrelas na nossa equipa se os restantes elementos não atingem a razoabilidade. Tal como a história dos plasmas, certo?
O caso mais extremo vem mesmo da vizinha Espanha. Em 2004 o Real Madrid montou uma verdadeira equipa de galácticos, com um ataque rodeado de jogadores de top. Figo, Beckham, Zidane, Raul e Ronaldo compunham um leque de sonho
mas o que dizer dos seus parceiros defensivos? Pavon, Mejia, Raul Bravo, Ivan Helguera e Michel Salgado não conseguiram acompanhar o estatuto dos seus cintilantes companheiros e o resultado foi uma época desastrosa para os blancos: 4º lugar na Liga Espanhola e eliminação nos quartos de final da Liga dos Campeões frente ao Mónaco. Uma equipa e um grupo debilitado que resultaram na queda do seu na altura técnico Carlos Queirós.
Passando para os nossos dias os exemplos continuam a chegar-nos todos os dias na televisão. A Liga Inglesa é mesmo o expoente máximo do desporto-rei na actualidade como se comprova pela prestação das suas equipas na Liga dos Campeões. Chamo assim a atenção para dois jogadores que na minha opinião foram fundamentais para a subida do nível de performance das suas equipas. No Liverpool Javier Mascherano, com a sua combatividade e disciplina táctica; no Manchester United Michael Carrick, o verdadeiro herdeiro de Roy Keane, o jogador que agora assegura de forma mais cerebral as transições para o ataque. No plano contrário temos o Chelsea que se reforçou com Ballack, Shevchenko e Ashley Cole mas que este ano ainda não atingiu níveis de excelência demonstrados nos últimos dois anos de José Mourinho.
Fazendo a ponte para a realidade do futebol do nosso concelho, e quando começamos já a pensar na próxima época, deixo aqui o apelo para futuras contratações. Que se analisem as realidades conceptuais, desportivas e económicas de cada clube e que não se cometam loucuras. Sim, porque não vale a pena termos muitos plasmas em casa se não temos sítios onde os colocar