Quinta-feira, 14 de Maio de 2009
Numa só frase
Numa frase. Qual a frase que gostarias de ser recordado ao longo da tua vida? Bem, é um desafio aliciante, com o qual me deparei ao longo de vários e-mails que fui recebendo. Poderia falar da relatividade das coisas e do meu combate à mesquinhez, na minha busca pela felicidades e em tantas parangonas filosóficas com que já vos bombardeei neste espaço.
Todavia, estamos a falar de uma única frase. Feitas as pesquisas cerebrais, aqui fica o meu contributo. Espero que gostem e, quem sabe, um dia poderá acompanhar-me na minha viagem para o outro mundo. Aliás, aproveito a deixa, para vos deixar duas coisas que gostaria de ver no meu funeral. Não que esteja com um pensamento mórbido, até porque sou um apologista da vida. Contudo nunca se sabe…
Frase: “A partir do momento em que corto as unhas tenho a certeza da eternidade”
Música: MSG “Neverending Nightmare”- Não abordem a mensagem da música, deliciem-se apenas com a guitarra portuguesa e o meu espírito nacionalista e patriótico.
Quarta-feira, 13 de Maio de 2009
Pullovers
Mudam-se os tempos, os hábitos, mas aquele indivíduo continua a usar pullovers. É impressionante como aquela indumentária resiste às quatro estações do ano. Assim o vejo, todos os dias nos últimos quinze anos em frente à minha residência, passeando um cão que também ele já mudou. Bobi deu lugar a Tico e este a Tico II.
Está com mais cabelos brancos, um andar mais curvado e nos dias mais friorentos já se resguarda em casa. Regra geral ao final da tarde, “Pullovers” sai de casa com o Tico II pela trela, contemplando o horizonte.
Além dos “Pullovers”, há dias em que o dito indivíduo surge com uma gravata por baixo, o que, bem vistas as coisas, só dá para contemplar o tortumilho junto ao pescoço, e não a sua parte mais interessante, ou seja, a tira. Infelizmente privo com alguns destes indivíduos no meu quotidiano, pensando eles que estão bem vestidos. Pobres coitados!
Há cerca de um mês que tento contrariar a sina de quinze anos de “Pullovers”. Deste modo, sempre que passa por mim, mais o seu cão, ajeito a camisa, a t-shirt ou o casaco, de forma extremamente veemente. Nos meus gestos tento passar uma mensagem inconsciente, de forma a que aquele individuo respeitável se livre de uma sina. E não é que resultou!
Ontem, 12 de Maio, “Pullovers” deixou de existir. Apesar de algum frio que se fazia, ao vê-lo de mangas de camisa senti que a minha batalha tinha sido ganha. Inconscientemente, ou de forma aleatória, quando o mundo passou por mim dei-lhe um empurrão! Espero é que, no futuro, dono e cão possam continuar os seus passeios de forma tranquila, não sentindo qualquer trauma pelo facto dos “Pullovers” não os acompanharem jamais!
Quinta-feira, 7 de Maio de 2009
Capote e Instinto Fatal 2
Nos últimos dias vi “Capote” e “Instinto Fatal 2”. Sinceramente gostei mais do primeiro filme. Sempre tive uma grande curiosidade em conhecer mais em detalhe a vida de Truman Capote, um autor que eu considero genial na forma como consegue dar a conhecer os detalhes através de metáforas excepcional. Em “In Cold Blood” penso que ele faz algo de ainda mais interessante, mostrando ao leitor de que forma o malfeitor pode ter coração, da mesma forma que o voluntarista pode ter em si guardada e escondida uma ira.
Em “Instinto Fatal 2” é interessante ficar a conhecer o perfil psicológico de uma mulher manipuladora, que usa a sensualidade e o tacto feminino para conseguir os seus intentos. Para além destes aspectos, o facto de poderem existir pessoas viciadas em risco dá que pensar. Sim, porque se fizermos um enquadramento geral da vida chegamos à conclusão que os prudentes é que são malucos. Ficará, por certo, para outro post.
Deixo-vos, de cada um dos filmes, duas frases de interesse:
“Cavalos, manadas de gado, um amontoado de silos erguendo-se grandiosos como templos gregos, são vistos pelo viajante muito antes de a eles chegar”, Truman Capote
“ O grande problema da sociedade é que toda a gente fala, toda a gente discute, e no final não há sexo”Kathleen Turner, Instinto Fatal