Terça-feira, 15 de Setembro de 2009
Justificação de Ausência
Estou a elaborar o plano de Governo do Partido Gil Nunes. Daí a demora. Até já
Sábado, 12 de Setembro de 2009
Justificação de voto e governantes estrangeiros
Não me conformo com o actual estado da democracia. Ou se quiserem com o próprio conceito de democracia. Acho que é algo de muito incompleto, que não se encaixa nas características deste país e das pessoas em particular.
Votar é algo de extrema responsabilidade. Confere ao votante a possibilidade de escolher um determinado projecto político para gerir a vida de um determinado conjunto de pessoas. É um pensamento digno, registe-se. Mas ao mesmo tempo extremamente irresponsável. Será que toda a gente que vota sabe o que está a fazer?
Eu julgo que não e indicadores como o facto da revista “Maria” ser a mais lida em Portugal reforçam o meu argumento. Faço entrevistas de rua, contacto com as pessoas. A maior parte delas não sabe definir os princípios do comunismo, do liberalismo, da economia de mercado. Mas exercem o seu direito de voto, tal e qual como outra devidamente especializada no assunto.
Extremista? Não me considero. Porque ao definir habilitações a uns no acto do voto estou a ajudar todos aqueles não estão preparados. Sem lhes tirar o chão dos pés. Dando-lhes novas oportunidades de se formarem e adquirirem competências. Eu defendo a justificação do voto.
Um pequeno teste de ciência política, algo de muito simples mas que possa dar um real direito ao votante. Um escrutínio obrigatório em que a participação de todos pode de facto ajudar a comunidade. Uma medida feita em prol daqueles que não entendem o fenómeno e que assim podem ser ajudados para que também eles, no futuro, possam participar na hora da decisão.
A esta medida acrescento a nomeação de governantes estrangeiros. Com os portugueses a não darem respostas válidas, e ainda por cima a decidirem sobre o espectro emotivo, porque não chamar políticos com provas dadas noutros países para aqui virem replicar o seu modelo de desenvolvimento? Penso que seria uma medida sensata, com pernas para andar, e que contribuiria por certo para uma troca de experiências benéficas entre todos. Ao contrário do que possa parecer, penso que seria mesmo um grande reforço do nacionalismo. Ao fim ao cabo, somos do tamanho dos que nos rodeiam!
Terça-feira, 8 de Setembro de 2009
Ponte de Entre - os - Rios e Red Bull Air Race
Lembram-se do desastre de Entre – os – Rios? No meio dos inúmeros directos e entrevistas de rua, houve uma que me chamou a particular atenção. E inclusive me fez chorar de rir! Na altura os mergulhadores tentavam vencer as terríveis correntes para pesquisarem no interior do rio a existência de algum vestígio dos cadáveres e do autocarro.
“Isto é simples”, gritou um idoso a plenos pulmões. “Põe-se uma poita de um lado, outra do outro e os mergulhadores só têm de mergulhar no meio”, exclamou.
Dizem que no meio da tragédia há sempre espaço para a gargalhada. Eu refino mais este provérbio. Na minha opinião nestes momentos aparece do nada alguém pronto a furar o protocolo. A tornar o mundo mais redondo. Um verdadeiro laivo de portuguesismo na senda da visão desmedida dos Descobrimentos. Eu tenho sede deste tipo de personagens!
Dou por mim a imaginar um acidente na Red Bull Air Race. Um dos pilotos calcula mal o suporte do seu corpo à Força G, desmaia, e o avião choca violentamente contra uma multidão. É a catástrofe! Feridos de natureza vária, mortos, plano de contingência imediatamente accionado. Levantam-se as vozes críticas contra este tipo de espectáculo. Riem os cépticos, lançam-se ondas de solidariedade por todas as ruas e viela. No entanto, no meio de todo este cenário, uma personagem resiste agora e sempre ao invasor:
“Isto era fácil. Fazia-se como na Fórmula 1. Pneus de borracha na margem, carago!!!”
Segunda-feira, 7 de Setembro de 2009
Pensamento Circular (Político)
Li uma vez que a maior parte das pessoas pensa nas coisas em linha recta. Nesta definição os opostos tendem a afastar-se, com as extremidades a não terem pontos em comum umas com as outras.
Eu acho que em certas circunstâncias o pensamento circular é o mais adequado. È a tal questão da direcção e do sentido: a direcção até que pode ser a mesma mas o sentido pode ditar opiniões contrárias. O que determina o diferente sentido é a questão da premissa inicial.
Penso nestes aspectos enquanto observo o debate entre Manuela Ferreira Leite e Francisco Louçã. Enquanto que a líder do PSD ressalva o estatuto de família, o bloquista responde com a importância da liberdade acima de todos os valores; Manuela Ferreira Leite argumenta que a conjugação do privado com o sector público é a chave da saúde; Louça diz que não, só o público dá garantias de alta qualidade e combate à especulação médica; e por aí adiante…
Tão diferentes, tão iguais. Gostaria de estabelecer este exemplo com Paulo Portas, pois seria o mais adequado. Uma simples premissa inicial que faz com que todo o pensamento sincronizado posterior se espalhe em sentidos opostos.
Ou seja:
Para a esquerda política:
“Todo o homem é bom por natureza. As instituições que o rodeiam corrompem-no”
Para a direita política:
“O homem é imperfeito. As instituições servem para a sociedade se ordenar”
Faz-me lembrar aquele filme em que se mudássemos um episódio da nossa vida tudo ficaria diferente. De facto é um pouco assim. Seja como for, este raciocínio vem na minha linha de pensamento que são as pessoas que definem o sistema política acima dos governantes. Todos queremos uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais sensata. Optamos é por caminhos diferentes. No meu caso opto pela premissa de direita, a história ainda não me convenceu do contrário.
Regueifa do Irão – novamente todos os dias, aceitam-se sugestões de temas.