Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2010
Friedman e a história recente portuguesa

 

Esta semana vem uma entrevista do economista George Friedman na revista Sábado. E vejam lá se ele não diz que a próxima potência emergente vai ser a Polónia. Para mim o cenário é mais ao menos óbvio. Os polacos foram bem inteligentes ao retardar até 2012 a adesão ao Euro. Deste modo recebem mais subsídios – fruto da maior maleabilidade com que podem medir a flutuação do zloty – e realizam mais obras no seu território. Por outro lado, também, perceberam que era uma ideia totalmente irrealista ter, nesta altura do mercado, uma moeda exactamente igual à da Alemanha, o que pressuporia um desequilíbrio total da sua economia.
Geograficamente falando, é vantajoso que os Estados Unidos, inevitáveis líderes do xadrez mundial, autorizem o crescimento da Polónia como principal zona de tampão entre a Alemanha e a Rússia. Na minha opinião, não ver o crescimento da Polónia é tapar o sol com a peneira.
Mas o que aconteceu em Portugal? Em 2001 o Governo da altura, de forma errada, decidiu que o nosso pais haveria de fazer parte do pelotão da frente da moeda europeia. O grande responsável por essa adesão – e também pela situação actual que se vive neste país – dá pelo nome de António Guterres. Foi um verdadeiro salto no desconhecido. Passamos de uma moeda fraca mas ajustada à realidade do país para uma moeda forte completamente desajustada. Para mim, foi a mesma coisa que nos deixarmos iludir pela magnífica veia goleadora do Cagoitas no São Pedro da Cova, e no dia seguinte o colocarmos a jogar como titular do FCP no jogo da Liga dos Campeões.
Antes, no final dos anos 90, foi também a altura do aumento dos subsídios sociais desmesurados, que deram azo ao chamado incentivo à preguiça e à molenguice. Naquela altura havia dinheiro, hoje não há. Num cenário de completa irresponsabilidade os portugueses passaram a estar endividados. E em tudo. Gastaram-se milhares em twingos, plasmas e em Nintendos. Nas ilhas sociais, proliferavam as antenas parabólicas. E, nas praias algarvias, o dentuças português mandava uns piropos às inglesas que passavam enquanto deixava para segundo plano a prestação da casa. Mal por mal alguém haveria de pagar.
E foram também os anos em que os chineses começaram a entrar em força em Portugal. Sem grandes regras, as suas pequenas economias enterraram lentamente as aspirações dos micro comerciantes, sem armas para contrapor  esta guerra de preços, falta de espírito cívico e inteligência a longo – prazo. Os anos 90 causaram problemas sérios de vivência social, desequilíbrio da balança económica e inicio de perda de competitividade do produto nacional. Espero, um dia, ver todos esses intérpretes devidamente responsabilizados.


publicado por Gil Nunes às 19:39
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Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2010
Don Bateman - Evitar e não resolver

Habituei-me a admirar pessoas que não resolvem problemas mas sim evitam-nos. O poeta escocês Robert Stevenson dizia que a altura mais apropriada para parar uma revolução é no princípio e não no fim. Não podia estar mais de acordo. Sou um indefectível admirador de uma data de heróis invisíveis, que preferem passar ao lado da história. Como um anjo da guarda, um suspiro que nos dá tranquilidade no meio do vazio. Don Bateman é um desses homens. Admiro-o muito.

 

Apesar da Liga dos Campeões, ontem parei o meu serão futebolístico. Tinha de ser, o Discovery ia falar sobre o Bateman. Meus amigos, este americano foi o inventor do GPWS, o pai do actual GPS. Depois de alguns desastres aéreos, o cientista canadiano criou um sistema capaz de indicar aos pilotos qual a altura do aparelho e a morfologia do terreno. Parece corriqueiro, não? Hoje vemos tudo em 3D. Este homem, porém, evitou inúmeros desastres aéreos comerciais e, mais do que isso, permitiu que os pilotos passassem a aterrar em situações extremas de nevoeiro. Foi um instrumento precioso na II Guerra Mundial em prol dos Aliados. Agora pensem nas mortes que evitou.
A necessidade, neste caso o desastre, aguça o engenho. Neste caso a solução. Quando se deu o acidente de Cali – em que o avião chocou com uma montanha -  os especialistas notaram que o GPWS não lia a informação que estava à frente do aparelho. Sem Bateman, mas com a sua lição bem presente, nasceu o GPS, instrumento de navegação em três dimensões(via satélite) que hoje dispensa apresentações. Foi uma espécie de "upgrade" do GPWS.
Depois de Cali deu-se o desastre do Concorde, em França. Ficou provado que o incêndio num dos depósitos de gasolina foi causado pelo rebentamento de um pneu, que passou por cima de uma tira metálica deixada por outro avião. Mais do que evitar as tiras metálicas, pediam-se outro tipo de pneus. Nasceu o kevlar, uma fibra cinco vezes mais forte que o aço, que hoje é usada por todas as companhias de aviação. Também agora, após o acidente da Air France, sucedem-se os estudos para se ter uma cobertura de radar total no Oceano Atlântico, evitando-se futuramente o hiato que causou a tragédia.
Quem foi o primeiro Rei de Portugal ? D. Afonso Henriques. E o primeiro a chegar ao Brasil? Pedro Álvares Cabral. Não falo de marketing, mas a história ensinou-me que há sempre um lugar de trono para o primeiro. No mundo da aviação, de ceptro em punho, reina Don Bateman. Seria uma das minhas entrevistas de sonho! Gostava tanto que os nossos políticos fossem assim...


publicado por Gil Nunes às 00:21
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Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2010
Dissertação sobre o fato e gravata

 

Há uma tendência exacerbada da sociedade portuguesa para usar fato e gravata. Dizem que dá um ar muito profissional, um aspecto muito formal. Para mim a verdade é só uma. O fato e gravata não aumentam o Q.I de ninguém.
No outro dia vi uma cerimónia qualquer da PT na televisão. Estava tudo tão engravatado que eu, se fosse extraterrestre, pensaria ter entrado no balneário de um clube de futebol. Nascemos com noções do bem e do mal. Do justo e do injusto. Do doce e do amargo. Mas não do bem vestido profissionalmente e do farrapo ambulante. São diferenças justas, é certo, até porque falamos de extremos.
Aqueles tipos de fato e gravata fazem-me lembrar os juízes do século passado. Diziam, na época, que aquela cabeleireira carnavalesca era sinal de respeito. De distinção. De pompa e circunstância. Se virem bem, nos filmes, há uma grande diferença no nível de indumentária dos réus e dos juízes. Ainda se os réus estivessem de smoking ainda estava como o outro. Mas não. Parece que saíram duma fossa. Basta os juízes aparecerem de pijama para a coisa já estar composta.
O José Saramago – de quem eu não sou adepto – dizia sobre a Bíblia que não vi lá metáforas nenhumas. Segundo ele limita-se a ler o que lá está. Ora aí está, finalmente aquele tipo disse alguma coisa acertada. É o que eu entendo em relação ao fato e gravata. Eu não acho que seja sinónimo seja do que for. Simplesmente limito-me a ver o que lá está.
Um tipo que fica muito mal de fato e gravata é o Zeinal Bava. Aliás, fará parte do rol de um dos futuros posts, sobre o facto da inteligência, para mim, existir em círculos. O muito inteligente pode estar mesmo ao lado do extremamente estúpido. Sim, porque viver é sentir. Mas aquele tipo ainda por cima tem o irritante tique de puxar o peito para a frente o que, sinceramente, lhe dá um ar de “Professor Pardal” e não de Mr. Vice – Presidente da PT. Aquele tipo não tem um assessor de imagem?


publicado por Gil Nunes às 11:07
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Domingo, 14 de Fevereiro de 2010
Coiote

 

O Coiote é arrumador de automóveis. Aqueles que me são mais próximos sabem que eu sou ligeiramente preconceituoso. “Pronto, lá está ali aquele bimbas a ganhar uns trocos para depois ir para ali dar mais um chuto de coca”. Enfim, por mim tudo bem desde que o Porto ganhe. Mas Coiote tem algo de especial, que me chamou a atenção enquanto passeava com o meu bólide pelo centro de Gaia.
Vestido com um fatinho de ganga à década passada, Coiote “trabalha” num parque de estacionamento municipal. Até ai tudo normal mas o dito cujo anda sempre com uma folha A4 na mão. No outro dia, após estacionar o carro, reparei que tinha o horário de saída de todos os clientes registado. Deste modo pode criar segundas e terceiras filas de forma organizada, ultrapassando a capacidade do parque. Logo fiquei a pensar “este tipo deve ser inteligente”. De forma mais detalhada, vi outro pormenor que me chamou a atenção: o papel era quadriculado, o que traduz desde já uma opção tomada a partir das suas capacidades cognitivas. Outro tipo pegaria num papel qualquer.
No outro dia decidi colocá-lo ainda mais à prova. Para começar ofereci-lhe um cigarro de chocolate, os conhecidos “Black Devil”. E comecei a provoca-lo, para fazer se estava familiarizado com a língua inglesa. “Blaque Dévil”. Disse direitinho. Fiquei espantado e, em português mais coloquial, comecei a fazer-lhe perguntas corriqueiras usando terminologias complicadas. Às perguntas sobre marcas de cigarro falou em “definitivos”, “adocicado” e “saboroso”. E, ao contrário de outros doutores, não se enganou nos tempos verbais. Até nas concordâncias no plural.
Lá caminhei rumo ao meu posto de trabalho, não sem antes pensar no que se tinha passado. Tirei conclusões. De facto, há tipos licenciados que evidenciam estupidez nos pormenores quotidianos. Bem dizia o Pessoa que Cristo não percebia nada de finanças nem tinha biblioteca. Foi com este espírito que o abordei à saída.
“O pá, acho que és um tipo esperto. Devias pensar na tua vida, pois podias fazer outra coisa que não arrumar carros”. Coiote ficou um pouco espantado mas sorriu. Falou-me de vicissitudes da vida, do destino, de circunstâncias que não tinham corrido conforme o previsto. Na curta conversa expliquei-lhe que existe uma série de colectividades nas redondezas, e que lhe poderiam indicar cursos ou actividades que poderia frequentar. Seria um primeiro passo. Coiote pode render mais.
Um dia conhecia um tipo chamado Diogo Luz. Foi Vice-Presidente da Câmara de Gaia. Dizia-me insistentemente “Não podemos ser santos mas sempre que o mundo passar por nós podemos dar-lhe um empurrãozinho”. Acreditem, ele passa imensas vezes por nós, exclamei interiormente no regresso a casa, isto enquanto observava duas sujeitas deleitadas com o seu filmezinho diário.


publicado por Gil Nunes às 23:21
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Sábado, 13 de Fevereiro de 2010
O Zé

 

O Zé é o gajo que supostamente manda em todos nós, isto se adoptarmos a definição de país. Eu continuo a achar que ele não foi feito para andar de fato e gravata. Aliás, eu penso que, sem me querer militar no Bloco de Esquerda, existe uma exagerada abundância de fatos nos políticos portugueses. Começa a ser repetitivo. Ainda no outro dia estava a ver um debate na SIC Notícias e, de tanta indumentária parecida, pensei ser pitosga e estar a ver o Avatar.
Ficará para outro post. Mas voltemos ao Zé. O que seria o Zé se não fosse Primeiro-Ministro? Acreditem que às vezes dou por mim a pensar nestes assuntos. Olhem o Cavaco seria professor, assentava-lhe bem a figura. Se andássemos para trás uns anos seria o Prof. Aníbal, de Cálculo Financeiro, em toda a sua plenitude. O Jesualdo Ferreira caía bem como advogado, ou coisa parecida. O tipo tem uma boa retórica, apesar de toda a gente o rotular como treinador de futebol, o que é sempre uma vantagem. E o Zé?
Vejo o Zé como um daqueles polícias de gabinete, atulhado de papelada até às pestanas. “Então, Zé, muito trabalho?” – pergunta o superintendente. Zé responde que sim enquanto desliza o indicador na testa e, ao mesmo tempo, fecha a janela do Farmville para não levantar suspeitas. Enquanto isso envia um sms a uma amiga e troca impressões corriqueiras com a mulher no Messenger. Posto isto, recebe uma mensagem do Tó, o vizinho da frente. “É pá, o carro da minha mulher foi multado, podias ver isso e tal”. E lá vai o Zé, com o seu coração bondoso, pegar no molho de multas e fazer desaparecer o dito emblema.
No final do dia, Zé levanta-se da cadeira e caminha em direcção à gabardina com a dignidade de um lorde. Aliás, aquele andar, cavalgante, tem sangue inglês nas veias. Mas não se preocupem que há piores agentes que o Zé. O Toni, por exemplo. Aquele que era viciado em “TV Shop” . Todos, naquela esquadra, tiveram de fazer uma “vaquinha” para comprarem as facas “GINSU” ou as televisões de alta – definição japonesas. Entra de mansinho. À noite diz que tem compromissos e sai ligeirinho. Maltrapilho, ainda hoje deve centenas de euros à trupe!


publicado por Gil Nunes às 20:13
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Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010
Paulo Rangel . o PSD e Tracy Chapman

 

Paulo Rangel é culto. Prático. Tem ideias. Lembro-me de uma vez o ter visto falar sobre o seu livro “O Estado do Estado” numa entrevista dada ao Mário Crespo. Tinha-se lançado há pouco tempo na aventura das Europeias. Em vez de se masturbar mediaticamente, aliás como fazem grande parte dos comentadores da nossa praça, Rangel trocou o livro por miúdos. Teve como principal preocupação explicar as correntes em questão (Marx, Lenine) com simplicidade e clareza, chegando ao telespectador com facilidade. Logo aí gostei dele. Não era como outros que se colocam num pedestal televisivo e, de forma encriptada, pensam que podem dizer os lampejos intelectuais que entenderem que, quando ditos sob a forma de vocabulário difícil, não passam por disparate.
Comecei a ouvi-lo com mais atenção. E dei-lhe o meu voto. Visão europeia integrada mas não megalómana, com propostas muito interessantes ao nível do trabalho, sobretudo. Um novo Erasmus para o primeiro emprego é uma ideia inteligente e versátil, que dinamiza e estimula a educação e a juventude. Contabilidade acessível e transparente, sem rodeios, é uma aposta séria, que chega ao cidadão com facilidade. Eu também assino por baixo. Espero que ele ganhe as directas do PSD e que depois se imponha. Depois que tire do poder aquele tipo que convoca conferências de imprensa para dizer que inventou o “Soft Sense”, e que vai substituir o sabonete tradicional das escolas portuguesas. Enquanto ele empasta as mãos aos microfones da TSF o Joaquim, que vive do rendimento mínimo, liga para a TV Cabo a pedir a Tele Cine. No PSD, entretanto, estão todos preocupados com questões ornitológicas.  Para quem não sabe eu votei Paulo Portas nas últimas legislativas.
Um dos principais problemas do PSD depara-se com o chamado “Grupo da Cordinha”. Todos tecem opiniões acerca de todos, deixando-se o essencial de lado. Eu acho muito bem que o melro seja candidato, tem todo o meu apoio, é um homem com um passado político considerável blá, blá, blá. Sabem que mais? I don ‘t give a damn. Estou-me bem nas tintas se o melro apoio a cotovia ou se a avestruz se incomoda com a ascensão do pombo – correio. E propostas sérias para se tirar o “gajo do Soft Sense” do poder? Onde estão? Meus amigos, as do Rangel eu via-as.
Há certas alturas na vida em que o Paulo Rangel passa para segundo lado. Quando aparece boa música, por exemplo. Ainda ontem estava a meditar no café, sem pensamentos na vasilha, quando comecei a atentar no álbum que tocava. Era da Tracy Chapman. Às vezes temos a tendência de chapar os artistas com o primeiro tema que nos é apresentado. Neste caso foi aquela história do “There is fiction in the space between”.  Acho uma música muito pastelosa, com um ritmo muito constante. Mas desse álbum tudo é ao contrário. Um cd interessante, versátil, com uma mescla de ritmos não tipicamente norte – americana. Muito porreiro, acreditem. É aquilo que eu chamo de música de “torneira” . A água é formada por várias componentes mas quando abrimos a torneira é apenas água. E desliza bem na garganta, até quando não temos sede. Nessas alturas todos os políticos passam para segundo plano.


publicado por Gil Nunes às 10:13
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Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010
A discrimição da testa, o Madagáscar do corpo humano

A testa é uma das partes mais importantes do nosso corpo. Se repararem bem, a história da humanidade não poderia ter sido escrita sem o contributo de testas e testas que, paulatinamente, deram corpo ao sonho de muitos de construir um mundo melhor. Todos os reis de Portugal tinham testas. Por exemplo, a testa do Dom Afonso Henriques é bastante proeminente, o que por certo produziu no subconsciente mouro um fluxo de descrença e consequente derrota. O Barack Obama, por exemplo, tem uma testa bastante geométrica, que o leva a ser ponderado em decisões complicada. Não sou especialista em “testologia” mas tenho a certeza que boa parte do estado do Iowa se deixou seduzir pelo carácter afirmativo da testa do mulato havaiano.

A testa é discriminada. Vejam quando estamos a aprender uma língua estrangeira. Como é que se diz olhos? E nariz? E boca? Até sobrancelhas já me perguntaram. E pestanas. De testas ninguém fala. Basta pegar na fita métrica e constatar que é uma das partes que mais superfície ocupa na nossa face. Considero a testa uma espécie de Madagáscar do corpo humano. Cada vez que pego num planisfério lá está aquela ilha, majestosa, ao largo do Índico. Toda a gente dá por ela. No entanto, ninguém pergunta. Até vem um daqueles miúdos mais cromos, com as suas lunetas quadradas, e diz: “Sra. Professora não é aqui que fica Moçambique? A capital é Maputo, antiga Lourenço Marques!!!”
Entendo que a expansão das repas foi uma das principais responsáveis pela queda do culto da testa em Portugal. A moda do cabelo para trás, ou mesmo para o ar, já lá vai. O que fica bem é levar com um pára-brisas na testa. Depois é colocar em prospectos de cabeleireiros, com umas pernocas apetecíveis, e estragar com umas repas vincadas que quase atropelam os olhos. O português, por exemplo, tem uma repa agressiva, tocada pelo vento, que lhe dá um certo encanto. Ai, Maria Albertina, eu sei que a tua testa não é um espanto mas é cá da terra e… tem muito encanto. Maria Albertina como foste nessa de por repas à tua menina???
No meu caso particular, dado ter o cabelo rapado, tenho uma grande preocupação em que a  minha calvície induzida não retire todo o brilho celestial da minha testa. Digamos que me considero uma espécie de Luís Figo careca, em que o cabelo da frente é esticado com vigor. É por isso, meus amigos, que uns se casam com a Helen Svedin e outros não!


publicado por Gil Nunes às 12:13
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Terça-feira, 9 de Fevereiro de 2010
O Regresso da Regueifa- Um mundo ideal

 

Hoje regressa a Regueifa. Podia tê-lo feito mais cedo, é certo, mas até os blogues precisam de uma pausa. Ainda bem que tal sucedeu. As energias estão mais retemperadas. Bah, fora com isto de conversas mansas! Não são apanágio deste espaço. A grande questão de hoje prende-se com o facto de sermos todos diferentes uns dos outros. Lembro-me que tive um colega na escola que uma vez se queixou de haver sempre um Pedro em qualquer lado. Pois, a minha questão vai mais ou menos no mesmo sentido, se bem que ligeiramente distorcida.
Devia ser criado um mundo em que toda a gente fosse igual a mim. Os meus gostos, as minhas pancas, tudo o que me diz respeito. É claro que vêm com aquela tanga de que o mundo pintado de forma diferente é que fica colorido. Eu acho que tudo ficaria mais fácil. Para já contribuiria para uma melhor mobilidade planetária, dado que eu adoro viajar. Abolir-se-iam as fronteiras, o fluxo migratório seria mais harmonioso e também o turismo teria imensos benefícios.
É por isso que vos faço o desafio. Aos que não gostam de futebol, comecem a vê-lo de vez em quando. Não é bom gritar golo? Esqueçam lá os fadunchos e as tunas académicas. Bora com Foo Fighters para a frente! O pá, e não tenham muitas preocupações que não vale a pena. Naveguem no vosso lado lunar. Ainda hoje rebocaram-me o carro e sabem que mais. Antes isso que um furúnculo no rabo.
Era fixe que toda a gente apreciasse documentários do Discovery. E visse filmes policiais como quem bebe água. E detestasse ver filmes lamechas, vira – milhistas, que nos adormecem a alma. E deixem lá os cãezinhos e os gatinhos para os vizinhinhos. Brinquem mas é com os miúdos, isso sim vale a pena. Eu estou farto de calcar cocós e rogo pragas a esses bichos, com excepção do meu rafeiro Jimmy.
É claro que também tenho defeitos. Aliás, não me estou a armar aos cágados humildes se disser que tenho muitos defeitos. Eh pá, mas podiam fazer esse esforço. Ficava tudo muito mais bonito, pelo menos para mim. Bem-hajam, Regueifa is back!


publicado por Gil Nunes às 23:48
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