Sábado, 20 de Agosto de 2005
Interrogações e algumas respostas
Hoje coloquei-me mais uma vez a fazer uma introspecção filosófica e deparei-me com várias interrogações. Confrontado com o infinito do universo porque não verificarmos o infinito de nós mesmos. Ora, estupida mas logicamente raciocinando, se temos bactérias que em nós vivem e que interpretam um dia como 80 anos, será que o mesmo não se pode aplicar a nós. Será que no universo podemos ser partículas que envelhecem mas que ao fim ao cabo são pequenos micro-organismos de um mega-ser que apenas gasta 5 minutos? O infinito é algo que me questiono com frequência e na dita pergunta encontro sempre várias respostas. Esta foi uma delas.
Outro aspecto que me pus a pensar é os limites da ciência. A ciência, como sabemos(expressão do senso comum) procura dar respostas às perguntas do dia-a-dia. Ora, e se este pensamento é válido, os acontecimentos para-normais, mesmo fugindo aos tramites científicos, não poderão ser considerados como acontecimentos do dia-a-dia? Assim sendo, e por analogia, chegamos à conclusão que a própria ciência pode ser uma religião, desta vez assente na razão e no método.
Mas eu, sempre o defendi, sou um amante da Natureza. Como tal, acho que esta nos dá todas as respostas. Por exemplo se temos a noção de belo ou de justo é porque estas foram pré-adquiridas, não necessitando de ensinamento por parte de outrém. Assim sendo, a metafísica do ser humano antecede a sua própria existência, concluindo-se portanto que existe algo para além do palpável. Por outro lado, e entusiasmando com as teorias de Platão, é gratificante ver que os termos contrários nunca se misturam. O branco nunca será preto, o silèncio nunca será barulho...e a vida nunca será morte! Interessantes estes pensamentos, sobretudo numa noite que me roubou o sono e me colocou a reflectir intensamente, tal qual o brilho de estrelas que a milhões de anos luz me piscam o olho!