Nem tudo é aquilo que parece. Já repararam que nos cinco sentidos do ser humano não está contemplada a fala? Contudo, é através da fala que na maior parte das vezes comunicamos. Assim mostramos aquilo que pensamos, o que sentimos, damo-nos a conhecer...
A fala exige um trabalho prévio. Se muitos de nós podem ser espontâneos e dizer a primeira imagem que lhe chega à mente, outros porém preferem fazer despoletar um clique que os oriente dentro dos trâmites da sociedade e das suas regras.
Se os cinco sentidos pouco espaço dão a erro(se bem que este conceito possa ser contestado), na fala tudo pode ser manipulável. Assim jogamos as nossas cartas verbais em função do benefício, defesa pessoal, capacidade de risco e de brilho dentro de um aglomerado.
Por isso, tendo como espelho o homem-jogador, por vezes dou comigo a fazer avaliações daquilo que se transmite e dos seus propósitos. Sempre numa tentativa de fortalecimento, o outro envereda por tomadas de posição em que procura não ser confrontado posteriormente. O erro, que vem sempre à tona, é colocado numa posição de longo-prazo.
Se pensamos no conceito de jogo, pensamos também no conceito de necessidade. Como jogador, o homem deita as suas cartas com o intuito de suprir as suas necessidades, os seus ponto débeis. Penso que este ponto se traduz de forma mais vincada nos relacionamentos íntimos(onde a palavra estatuto também é determinante) e nos sociais, se bem que aqui mais assente no processo natural de grupo a que o homem é por natureza conduzido.
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