Sempre fui um apreciador de banda desenhada, actividade que ocupou muito do meu tempo, e ainda bem, enquanto criança e adolescente. Conservo religiosamente algumas colecções de HiperDisney onde, quando tenho tempo livre, me dedico a desfrutar novamente de algumas aventuras.
Confesso que, do vasto leque de personagens, a que mais fascínio e gozo me dá ler é o Zé Carioca. A personagem, criada por Walt Disney em homenagem ao povo brasileiro, retrata nas suas aventuras toda a mentalidade de preguiça e de "dolce fare niente" com que muitas das vezes estereotipamos o povo brasileiro. A sua astúcia em tirar aproveitamento da ingenuidade de Nestor, o seu fiel amigo, ou o seu "desenrasço" em várias acções fazem dela uma personagem que vale a pena conhecer.
Se há aspecto de que sou apreciador na banda desenhada é o facto de utilizarmos o humor como forma de crítica social, de forma inteligente. Penso que nesta banda desenhada este aspecto é extremamente bem conseguido, sobretudo pela forma como se usam as personagens secundárias. Lembro-me, por exemplo, da sua namorada Rosinha(a típica filha do carioca rico), o ingénuo Nestor(que ainda acredita no Pai Natal) ou o Pedrão(o amante da feijoada e da jaca, em constantes conflitos com o Zé Carioca).
Um destes dia vou até à arrecadação para retirar algumas histórias perdidas, para me rir novamente com as aventuras do papagaio. Ele e Peninha, de quem mais tarde falarei, são as minhas personagens favoritas!
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