Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009
Breve ideia para dinamizar a industria da animação
Constato através de amigos da pouca receptividade do nosso país em investir e apostar na indústria da animação. Pois eu tenho uma ideia, pois considero que matéria – prima não falta para se fazerem boas histórias.
E que tal um telenovela brasileira em filme de animação? Das coisas que me fazem rejeitar alguma animação (e que me perdoem João Rema e Ana Luísa Santos) são as constantes história no bosque e na selva. Pode ser muito interessante, acho que sim, mas no nosso país de brandos costumes ficaria melhor outro tipo de alternativas.
Imaginem um boneco a retratar a Christiane Torloni. Todas aquelas expressões bucais à Manuela Moura Guedes, a agitação dos seus cabelos e a força dos gestos exacerbados. Isto para além das falas:
“Seu cafageste. Aquela jararaca que não pense que ti vai pegar, não vai não”.
È que sinceramente as imagens reais já não me captam a atenção. E os brasileiros têm um problema: falam muito para o meu gosto. Aliás eu já os considero desenhos animados reais. É só nadarmos em direcção ao fictício e tudo ficaria bem mais interessante.
É claro que podem dizer que o custo é um grande problema. Mas vejam só o magnífico universo que temos para vender o produto. Seria "maiô sucesso" de Manaus até Pelotas, passando por Vila Real.
Segunda-feira, 10 de Agosto de 2009
Rod Stewart e Zeca Pagodinho
Não é um país cuja musicalidade e "modus vivendis" me façam brotar a alegria do espírito. Mas estive lá um mês e as recordações invadem-me com uma certa regularidade. Do que vi, uma ideia fixa: por muito que o desenvolvimento possa não ser uma miragem, os brasileiros não gostam de trabalhar.
Com 15 tive a oportunidade de partilhar um elevador com Rod Stewart. Estavamos instalados no mesmo hotel e o norte - americano era a suposta estrela do espectáculo de final de ano. Naquela altura Stewart deslocava-se até ao palco, instalado na praia, para fazer o seu checksound.
É claro que os mais ocidentais, ou os menos "brasileiros se assim os queiramos chamar, não perderam a oportunidade de apreciar de perto os dotes do artista, estando ele ali tão perto. Os autóctones observavam-no na tranquilidade do calor abrasador, dos soutiens desapertados e das ondas insistentes.
De súbito, como que calando o checksound, um "Zeca Pagodinho" começa a actuar de improviso num recanto da praia. E foi um "boom". Rabinhos dançantes, braços perdidos por entre um gaudio que caracteriza um Brasil sui-generis e opaca a injecção norte-americana. Brasil!