Bragança inspira-me. Pois é, o primeiro dia nesta cidade foi escrito com muitas interrupções a meio do sono para continuar “Os Pensos de Fígaro”. Mas dormi muito tranquilamente aqui no sofá-cama, que felizmente não cedeu perante os meus 68 kg.
As 11 levantei-me e perdi-me. A casa do Fugee fica numa urbanização que dá para a estrada principal e àquela hora nem sabia se o estádio(para onde tinha de ir para fazer um trabalho para “O Jogo”) ficava para a esquerda ou para a direita. Nem me chateei. Pés na estrada e, como já é meu apanágio de azarado ao jogo, fui no sentido contrário. Que grande caminhada em direcção à extremidade da cidade até ser informado que o estádio ficava na outra ponta da cidade. Cheguei perto da hora do almoço mas o estádio ainda estava fechado.
Depois de um belo repasto percurso semelhante: casa-estádio, mas desta vez fui bem sucedido e recolhi aquilo que necessitava sobre os sub-15. Na mesma onda, também os alentejanos do Beja me atenderam finalmente o telemóvel. Acabei o trabalho a meio da tarde e fui para um bar à espera que o Fugee saísse das aulas. De caderninho na mão coloquei-me estrategicamente ao lado de três mulheres que falavam sobre as suas vidas. Recolhi notas importantes para acrescentar no livro, eu que no meu teor inofensivo folheava despercebidamente a “Futebolista”.
Duas notas curiosas: estamos a averiguar uma história que poderá ser um furo jornalístico; o Fugee tem aqui um quadro de fotografias de amigos e tenho algumas conclusões a tirar: O Medina parece o Michael Jackson; o Filipe está com umas bochechas de fazer inveja ao Mário Soares; O Rema está a fazer corninhos; o Tico está com uma pose completamente gay mais o seu bracinho à bailarino; por último, Judite e Laura, eu se fosse a vocês tinha uma conversa com ele.