Hoje o dia foi reservado a sauna. Nao porque eu goste de saune ate porque, enquanto jogador do A.C.Gaia, fui confrontado com esta actividade todas as quintas.feiras e sinceramente nunca fui apreciador. Mas, todavia, tambem nao objectei o programa vespertino.
Os relatos dos guias davam conta de uma verdadeira sauna russa, a semelhanca daquelas que evitaram a peste dos seus frequentadores durante o sec.XVII. E, de facto, o edificio fazia crer que a historia nao tinha passado por aquela extremidade de Tallinn> degradado, de cimento velho e esbatido, com um aspecto pouco convidativo.
A entrada a separacao entre homens e mulheres. Eu o Filipe entramos e de imediato um choque tremendo. Uma data de russos mostrados como vieram ao mundo, conversando junto a mesas repletas de peles de peixe. Repugnante, sem duvida, mas pior ficamos quando vimos um deles junto a mesa comendo, nu, um robalo frio e bebendo cerveja Heineken. Confesso que tive vontade de vomitar mas, respirando fundo, la continuei com o programa das festividades.
Logo concordamos que | Em Roma se romano|. Portanto, toca a despir e a ficar como Deus aqui nos colocou. Aquela sauna estava inundada de gente e nos, atonitos, nao sabiamos o que fazer. Mal entrei na sauna o meu primeiro pensamento foi \ as saunas portuguesas sao para maricas|. Um calor insuportavel, de tal forma que eu mal conseguia respirar. La dentro uma data de russos com um leque de eucalipto na mao auto.vergastando.se com uma violencia tal que eu nao sei de que forma nao existiram feridos. So la fiquei dois minutos, altura em que desisti e fui tomar banho. Nem me atrevi a dar uma saltada na piscina de agua fria, pois logo imaginei um tanque de suor la misturado.
Nos balnearios, enquanto me vestia, la continuavam os russos nos bancos comendo, bebendo e rindo como se estivessem num qualquer bar. A saida pensei em nao voltar mais aquele ambiente degradante. Digo.vos, nao sei como as pestes foram evitadas no sec.XVII!
Dinamismo, sensualidade e performance. Nao poderiam haver ingredientes mais acertados para definirem com rigor a capital da Finlandia. Nas ruas, as pessoas movimentam.se com bastante azafama, no meio do turbilhao de centros empresariais que caracterizam uma das joias da Escandinavia. Todavia, o quadro nao ficaria bem descrito sem o contributo da mulher finlandesa.. Sim, existe uma passagem de modelos em cada esquina,que com o seu andar firme e definido concorrem a todos os segundos a Miss Mundo.
Olho para Helsinquia e vejo uma cidade evoluida e civilizada. Durante a visita a Suommenlina fiquei atonito quando nao vi os guardas a confirmarem os bilhetes aos passageiros do barco. Confia.se cegamente na cultura finlandesa, presente tambem no silencio das criancas, na cordialidade para com os mais idosos e na prestabilidade das informacoes fornecidas. Porque o desenvolvimento de um pais nao se mede apenas pelo PIB.
Concretizei o antigo desejo de visitar a Escandinavia e tambem de navegar a bordo do Viking Express. Pena que fui numa epoca baixa e os passageiros eram escassos. Calculo que, noutro periodo, a viagem se teria tornado numa diversao inesquecivel.
Regressados a Tallinn, descubro uma cidade e um pais a trilhar os rumos do desenvolvimento, piscando o olho ao bloco nordico e despregando.se das amarras sovieticas. Aqui, na Estonia, o finlandes e o melhor amigo. Apesar disso, aqui e acola, sentem.se alguns resquicios do dominio de meio seculo da ex. Uniao Sovietica. A independencia parece definitivamente ter valido a pena. No meio da tragedia, todavia, um efeito benefico na mudanca de mentalidades e no encontro com o caminho certo. Atencao mundo...a Estonia promete!
Amigos
Links úteis