Já aqui prometi uma vez deixar as linhas mestras do meu programa de Governo. Eu já sei que o país está mal, não precisam que me digam. Aliás todos sabemos, acho que é unânime. Para combater este cenário, seguem as oito principais propostas do partido “Gil Nunes”.
1 – Abertura de cargos públicos, e ministeriais, a políticos estrangeiros
Penso que um dos principais problemas deste país é ser analisado por portugueses. Há situações em que o distanciamento pode ser um verdadeiro foco da realidade. Os problemas podem até ser evidentes e de fácil resolução. Não faltam bons exemplos por este mundo fora que podem ser transpostos para a realidade do nosso país. E, nas empresas privadas, há grandes gestores que não são portugueses. Aposto numa filosofia mais liberal, universal, em prol do desenvolvimento integrado e sustentável.
2- Aumento da rede de aeroportos / cancelamento do projecto da “Ota”
Ao criar pequenas bases aéreas em capitais de distrito, obrigaríamos as companhias de baixo custo a mudarem-se para locais do interior. Se juntarmos a isso a abertura do Ministério dos Negócios Estrangeiros(que vou falar a seguir), poderíamos aproveitar este novo fluxo de pessoas para captar empresas e investimento para os trajectos entre as pequenas cidades e as metrópoles(Lisboa e Porto). Ao mesmo tempo potenciaríamos indirectamente o turismo, a restauração, o pequeno comércio e os serviços.
3- Defesa da regionalização e regionalização transfronteiriça
Para mim só faz sentido falar-se de regionalização quando se tem presente o conceito de regionalização transfronteiriça. Não tem nexo, por exemplo, que um individuo que viva em Chaves ou Bragança tenha de estar dependente do Porto para os serviços sociais e institucionais básicos, quando os pode resolver em Espanha, que fica bem mais perto. A criação de associações transfronteiriças, com autonomia local, pode também servir como forma de melhor se rentabilizarem os fundos e as receitas.
4 – Educação dirigida para os bons alunos / Introdução do castelhano como língua obrigatória
A educação está caótica, e na minha opinião é pelo facto de estar orientada para os maus alunos. Devemos ter um ensino exigente, com avaliações rigorosas, que não tenha problemas em deixar para trás aqueles que não rendam. Para esses, uma futura saída através de especializações não orientadas para o prosseguimento de estudos. A escolaridade obrigatória pode perfeitamente ficar no 9º ano, ou até menos. Por outro lado, ao leccionarmos a língua espanhola a partir do ensino básico estamos a permitir aos futuros cidadãos que, em vez de um mercado de trabalho de 10 mil pessoas, possam usufruir de um de 50 milhões. O desemprego baixaria consideravelmente.
5- Aumento dos Julgados de Paz
A justiça em Portugal está entupida e a solução é mesmo desentupi-la. Parece fácil, mas para mim a maior parte dos processos pendentes decorre de assuntos menores, que poderiam ser resolvidos em organismos de pequena instância. Os “Julgados de Paz” são uma boa solução e, bem organizados, permitiriam um olear mais eficaz do sistema de justiça.
6- Estratégia de potenciação da indústria aeronáutica, naval e piscatória. O mar como atracção turística
Estou plenamente de acordo, neste ponto, com o MMS. De facto a nossa costa é extensa e mal aproveitada. Ao captar investimento nestas três áreas damos também oportunidade a que uma nova atracção se desenvolva. E, com uma costa ampla, nem precisaríamos de centrar esta actividade na metrópole. Para isso, a captação de investimento internacional seria fundamental.
7- Fiscalização imediata do Rendimento Mínimo / Redução dos cargos supérfluos de “Vices”, “Subs”…etc
Portugal é o país do mundo que maior taxa tem ao nível de “vices”, “subs”, etc. Essa situação atrofia a economia do país. Naturalmente que há cargos que serão supérfluos e a criação de um gabinete de auditoria poderia eliminar cargos desnecessários. Por outro lado, a fiscalização do rendimento mínimo eliminaria o chamado “subsídio à preguiça”, filtrando as verbas para quem realmente precisa.
8- Criação de um Ministério dos Negócios Estrangeiros aberto
O Ministério dos Negócios Estrangeiros devia ser composto por empresários veteranos, com uma carteira de contactos que permitisse trazer rapidamente investimento para Portugal. Com liberdade para viajar por todo o mundo seria uma forma de facilitarem as relações internacionais