Há determinadas marcas que se plasmam no próprio produto que representam. O exemplo mais caracterizador pode ser o das “chiclets” mas, na minha perspectiva, a acção de associação de uma marca a um produto é muito mais importante do que isso. Vence, sobretudo, pela forma como conferimos qualidade a esse produto, elevando-o a um patamar de excelência e de requinte.
Penso nisto quando ouço “Killer Queen”, um dos temas dos Queen. Como já disse em posts anteriores, gosto que os temas me descubram enquanto vou no carro e, deste modo, considero esta música ligeiramente diferente das outras. Moet & Chandon conecta-me a champagne e a bebida conduz-me à imaginação de situações especial, repletas de requinte e bom gosto.
Foi uma marca que se elevou à própria essência da bebida, numa espécie de mensagem francófona para todo o mundo. Seguindo esta linha, entendo que existem produtos mais fáceis para que a marca se associe ao requinte. Lembro-me dos carros, dos relógios ou a alta costura. Agora o champagne, na minha óptica, só é cambiado para outro patamar quando algo existe que assim acredita.
Se bem repararmos, afinal não são precisas grandes descobertas para se fazer o mundo girar à medida dos nossos propósitos. Basta, por vezes, ter a ideia certa e saber o rumo certo para que a mesma se transforme em realidade.
Há os artistas e aqueles que pensam que são artistas. No segundo lote moram todos aqueles que pensam que por pintarem o cabelo de cor-de-laranja pensam que transformam, na sua imaginação, beterrabas voadoras em centros de investigação tecnológica. Outros há, que por uma espécie de tômbola do destino, são artistas. Naturalmente. Tal como Prince!
Entendo que apesar de obedecer a regras naturais do mundo da música, Prince consegue dar aos seus trabalhos um toque especial que o distinguem como diferente. Penso que o seu grande mérito é o de juntar vários estilos musicais num único trabalho, numa salada que beneficia quem escuta o seu trabalho, saciado pela exigência de diferentes formas de expressão. Em termos de imagem é excêntrico, ultrapassando por algumas vezes a fronteira do socialmente correcto. Contudo, penso que o grande público não se choca, pois sendo artista tem naturalmente um passaporte que lhe dá essa mesma permissão.
Um dos meus videoclips preferidos de Prince é “Diamonds and Pearls”. Ao ve-lo no Youtube penso na marca de relógios Longines. Naquele cenário, de demonstração de amor e ternura, os diamantes e as pérolas enquadram-se bem nos propósitos mas segundo o meu ponto de vista falta ali um relógio com estilo e glamour.
Os relógios Longines, apesar de não terem uma dimensão planetária(tal como Prince) prezam um desenho extremamente particular, associando na minha perspectiva um clássico estabelecido com as exigências da imagem dos novos tempos. Digamos que os dois elementos temporais se complementam numa receita que produz algo de novo e artístico e que, apesar de não muito difundido, não se afoga no poço da vulgaridade.
Era a minha parceria estratégica. Em vez dos spots com André Agassi, uma nova imagem com o artista norte americano, potenciando uma excentricidade peculiar com uma mescla temporal de frutos bem sucedidos.
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