Terça-feira, 17 de Abril de 2007
O lucro social- Os cromos do S.C.Arcozelo
E tudo começou numa visita que todas as semanas faço a casa dos meus tios. Na mesa da sala encontrei uma caderneta de cromos. Tudo aparentemente normal não fossem esses cromos retratarem todos os escalões de competição do S.C.Arcozelo, os seus jogadores, o seu corpo técnico e clínico. Se bem que faltassem alguns cromos para se completar aquela colecção, é bom ver a devoção que muitos miúdos têm aquele simples hobbie, que ao fim ao cabo mais não é que uma alavanca de um conceito que pode ser pilar essencial dos clubes, ou seja, o clube família.
Sou apologista de que os clubes devem pugnar em primeira mão pelo lucro social, isto é, fazer com que os seus frequentadores possam ganhar benefícios de grupo através do tempo que lá investem. Em termos práticos tal medida reflecte-se, por exemplo, no desvio dos mais jovens dos caminhos da prodigalidade e do vício ou no bom comportamento cívico. Ganha assim importância fulcral a criação de palcos familiares, por exemplo, nos três papéis desempenhados por estes jovens atletas: o clube, a escola e a família. Aqui se trocam sentimentos, ideias, pensamentos enfim vive-se! Se já aqui frisei considerar absolutamente fundamental a troca de informação entre os palcos sociais que constituem a vida dos jovens, cabe-me também dar destaque a esta pequena caderneta que para além de dar a conhecer as camadas jovens do S.C.Arcozelo é também um exemplo de espírito de comunidade e de família e, por conseguinte, um investimento de futuro na formação de consciências sadias.
E, ao fim ao cabo, todos ficam a lucrar através de uma simples característica que nos distingue dos outros animais. A arte da imaginação pois como diria Albert Einstein A imaginação é mais importante que o saber.