Tenho quatro moedas de um euro na carteira. Não sou coleccionador de moedas mas sou um atento observador de factos curiosos. Tenho, portanto, uma moeda de cada um dos países latinos da União Europeia: Portugal, Espanha, França e Itália.
Muitas das coisas, ou decisões da nossa vida, são baseadas nos jogos de probabilidades. Mediando as consequências positivas e negativas, tomamos as nossas decisões em funções de probabilidades que nos sejam mais vantajosas. No dinheiro, por exemplo, se ontem tivesse que fazer uma aposta relativa à natureza das minhas moedas de um euro, por certo que não apostaria na combinação de tetradente latino. É como se a sorte me tivesse batido ao pilar errado, ou seja, estivesse a subir da minha garagem até casa tentando derreter com a saliva ácida o cimento que compõe os dez pisos.
As coisas curiosas estão mesmo aqui ao lado e basta estarmos minimamente atentos. Basta jogarmos e esperarmos que a sorte bata no sítio certo. Quando fitei as quatro moedas, ouvi na rádio a velha canção "Maria Magdalena" de Sandra. Pois bem, qual a conjugação destes factos poder ser prevista durante o dia de ontem? Tão pouco provável, por certo, como eu ganhar o euromilhões.
Fui tomar o pequeno-almoço e, para o pagar, tive que me livrar de duas das quatro moedas. Portugal é o meu país e a Itália é sinónimo de elegância, as escolhas já estão feitas! Au revoir e Adiós, sonni cosse della vita no âmago do peito ilustre lusitano.
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