Tinha eu 20 anos quando fui entrevistar o padre Rodrigo da Cunha, recentemente falecido. Afável, conversador, aquele homem transpirava conhecimento e discernimento, num dos entrevistados mais inesquecíveis que já tive oportunidade de encontrar.
Nessa tarde, ao longo de todos os assuntos debatidos, dizia-me ele que a história do mundo devia ser feita com mais mulheres na liderança. Confesso na altura que me custou um pouco a encaixar mas, anos passados, tenho de dar a mão à palmatória e reconhecer veracidade nas suas afirmações.
Se bem repararmos a história da humanidade fez-se com muita guerra, destruição e sangue, deixando a razão tomar conta dos nossos verdadeiros propósitos enquanto seres humanos. Nas diferenças entre os dois sexos, se um se sedimentou como sexo forte ao longo dos tempos, outro ganhou força no campo da sensibilidade e bom senso.
Estas duas últimas características, no nosso quotidiano, são condições indispensáveis a resolução de conflitos. Se bem que as mulheres podem ter a capacidade de complicar o simples, também podem possuir um maior discernimento emocional em relação à quebra de soluções drásticas.
Neste equilíbrio de relações entre sexos, penso que as soluções poderiam advir de forma mais justa, misturando-se trunfos de um e de outro lado, na direcção de uma sociedade mais equilibrada.
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