Num país onde o crescimento económico anunciado não sai da ténue linha da desgraça, impõe-se uma reflexão global sobre os factores que estão na causa desta pouca pujança. E, mais do que reflexões, exige-se também um enquadramento de soluções sendo que a partir deste ponto algumas premissas necessitam de ser contrariadas não numa base política mas sim numa perspectiva lógica.
Sempre me ensinaram que em tempo de escassez económica há que trabalhar para se captar mais investimento. Ao invés, o Governos diz-nos para apertarmos o cinto. Enquanto que os países de leste crescem a uma velocidade assustadora (já para não falarmos da Índia e da China) Portugal continua no seu pequeno buraco a falar dos seu problemazinhos de quotidiano, sem qualquer perspectiva sustentável. Enquanto isso decorre, a situação não ata nem desata. Aumentam as dúvidas, a miserabilidade, o pensamento tacanho e a criminalidade. Em mais uma ruptura cerebral, o Ministro surpreende-nos com mais uma decisão inovadora: mais crime implica comprar mais e melhores armas! Bem-vindos ao farwest!
Em face desta insatisfação global, porque não pensar na abertura da classe política a especializados quadros internacionais? Num mundo que progride e regride, porque não recolher a opinião do primeiro lote, canalizando-a para a prática do nosso país através dos seus conhecimentos e experiência?
Reforma de sistema implica revolução de mentalidade. Se nuns pontos defendo mais conservadorismo, noutros defendo uma maior abertura a soluções globais e integradas que promovam benefícios comuns. Porque Portugal não é o único país do mundo.