Imaginemos um passeio de bicicleta em que o ciclista mais experiente se estatela no chão sem razão aparente. Até que nem liga ao caso e, depois de se voltar a colocar no selim, continua o seu percurso. Mas há dias em que nem sequer devíamos sair de casa. Tomba mais uma, mais duas, mais três vezes. Até parece que a aprendizagem e a experiência saíram do seu corpo devido a um demónio não identificado.
Olho para este exemplo e lembro-me dos recentes falhanços de Quim nos cantos. Para mim tudo uma questão de psicologia. Segundo o que aprendi, o nosso cérebro não codifica negações, ou seja, quanto mais lhe dizemos que não pode falhar mais ele estará a realizar a acção contrária, como que por magia eliminando a palavra “não”.
Porque o nosso cérebro é uma máquina inacreditável. Um software de potencialidades imensas em que os programas raramente se estragam…apenas se transformam! Precisam de actualizações, de novos códigos, de orientações específicas para irem no destino que nós queremos.
Olho para Quim e vejo uma conversa com um menino de sete anos. “Olha lá, quando for um canto tens duas hipóteses: ou sais e ganhas ou ficas na baliza”. Uma pequena pancadinha na base da maquinaria a ver se resulta!