Vem aí o dia 28 de Novembro. É já amanhã. E eu obrigatoriamente vou ter de sair de casa para ver o jogo F.C.Porto – Académica em juniores. Na história da minha vida o 28 de Novembro é um dia maldito, sobretudo do ponto de vista ortopédico. Eu não acredito em bruxas mas que elas existem…
28 de Novembro de 1995- Treino da selecção da escola António Sérgio e na disputa de um lance espeto-me no chão, fazendo uma fractura do ramo verde(braço) que me valeu 2 meses de gesso. Acreditem que foi uma coisa mesmo violenta, de tal forma que ainda hoje, nos dias de maior frio, ainda sinto a fractura. Aliás, há uns anos fiz uma radiografia e o meu osso parece que tem uma braçadeira interna.
28 de Novembro de 2000 – Jogo da equipa da universidade Fernando Pessoa contra a Faculdade de Nutrição. Na disputa de um lance na área sou calcado com violência no tornozelo. O tipo nem amarelo levou. Consigo aguentar metade do jogo em agonia até que sou substituído ao intervalo. Regresso a casa de carro e, à noite, dá-me uma verdadeira crise. Nem me conseguia mexer. No hospital detectam uma fractura do maléolo externo. Resultado: mais dois meses de gesso.
28 de Novembro de 2007 – Estava muito sossegado a trabalho quando uma pontada na coluna me deixa completamente robótico. Ausento-me e em casa sou imediatamente encaminhado para o hospital. Lá diagnosticam-me um desvio na coluna derivado das minhas insuficiências de crescimento. Para me conseguir deslocar para casa novamente tive de levar umas injecções de ópio, reconheço, nada agradáveis.
Amanhã lá vou eu sair de casa. Mas confesso que vou com cuidados mil, como diria a Nisa. Ainda por cima é sábado, o que não é nada abonatório. Espero ultrapassar esta minha superstição. Agora, acreditem, não há coincidências!