Domingo, 21 de Março de 2010
Polonia -dia 1

Que nao haja duvidas que eu sou uma ameaca a aviacao internacional. Hoje, no caminho para Zakopane, via a minha bagagem de mao desviada para o porao e, a chegada, fui interrogado por um guarda de alfandega. Teve, imagine-se, o desplante de sacar de um monoculo para verificar se a minha foto do passaporte era falsificada.

 

Zakopane e bonito e acolhedor. Apesar de nao haver muita neve, a cidade e pitoresca e tem muita animacao. E jantamos que nem uns reis! De facto, meus amigos, a comida polaca e fabulosa. As jureks juntou-se um rodizio eslavo regados com muita cerveja local.


Antes, porem, uma atribulada viagem em que o carro comecou a apitar sem mais nem menos. No meio da auto-estrada, e sem eu perceber os motivos, o alarme disparou. Felizmente que o problema se resolveu e conseguimos chegar em seguranca.

 

O repasto foi magnifico e a nossa amiga Kasia ja se encarregou de nos dar os conselhos para amanha. Seguem-se mais peripecias marcadas para o dia de amanha. Hasta!



publicado por Gil Nunes às 22:33
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Sexta-feira, 19 de Março de 2010
A vodka é a principal causa do insucesso na Matemática

 

Chama-se Kaspars. Bebia vodka com mirtilo. Aliás, eu não percebo qual a fixação dos letões pelo casamento do mirtilo com a vodka. E digo-vos mais eu nem gosto muito desta introdução. À primeira vista pareço daqueles jovens malucos pela noite e pelo encanto das bebidas. Ora bem, para que saibam, o principal motivo que me leva a atentar no “vodka mirtilo” é o facto da bebida ser azul. E eu não saio muito à noite.
Nunca achei que o azul fosse bebível. Eu, se tivesse que criar um líquido qualquer azul, seria um detergente para a roupa. Estas cuecas vão ficar limpas como o azul do céu, como o mar ou os teus olhos. Se repararmos bem o azul está presente à nossa volta. Já uma vez me disseram que 95% do que se constrói ao nosso redor é resultado da Matemática. Da Matemática e do azul. Daqui podemos concluir, através de um silogismo, que a Matemática é a grande vodka da educação.
E estão todos embriagados. Agora queixem-se que os miúdos não sabem o teorema de Pitágoras, e são uns zeros a geometria. Toda a gente sabe que a vodka só deve ser consumida em ocasiões especiais, e em poucas quantidades. De resto, é uma garrafa que fica bem na prateleira. Para os mais racionais, é daquelas coisas que nunca é enxertada. Fica para quando o menino tiver 50 anos e estiver de mantinha nos joelhos a ver, na televisão, as marchas de Santo António.
Agora queixem-se que os miúdos usam muito a calculadora. Pudera! Olham para os números: mexem com eles, mas nunca os bebem. Não os consumem. Tal como a garrafa de vodka que o reguila do Francisco ofereceu ao pai. Eu até acho que, se fosse feito um estudo, chegar-se-ia à conclusão que o insucesso na Matemática seria proporcional ao exponencial aumento do consumo de vodka nos últimos anos.
Aliás, todos os grandes matemáticos são possuídos consumidores de vodka, mesmo que assim não o queiram admitir. Chama-se Kaspars. Bebia vodka mirtilo. Quem me levou até junto do Kaspars foi o Phil Ribatejano, que é uma” barra” a matemática. Agora pensem…


publicado por Gil Nunes às 12:34
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Quinta-feira, 18 de Março de 2010
A incrivel história do aeroporto de Stansted

 

Sim, eu já passei por bombista. Não se iludam. Por detrás desta cara de paz de alma, de sereno encarar perante a vida, já de mim desconfiaram as mais altas entidades de segurança internacional. Dentro de três dias voltarei a pisar o malogrado aeroporto de Stansted, palco de um curto episódio que me pôs nas malhas do crime internacional. O Bin Laden que se cuide.
Era Março, chegava eu de Wroclaw, na Polónia. Para a viagem fui à arrecadação buscar umas botas antigas. A viagem era relativamente curta (5 dias) e não havia necessidade de estar a comprar umas novas, até porque prefiro direccionar os meus gastos para outros pontos cardeais. Como arroz de pato, por exemplo. Adoro arroz de pato. Bem, mas adiante. Durante a minha estadia na Polónia, as ditas cujas começaram a perder paulatinamente toda a sua sola. Deve ter sido do choque térmico. No último dos dias, porém, houve um “boom”, uma crosta, de libertação de borracha que sinceramente não me deixou muito cómodo. De facto, o destino podia ter escolhido outro dia para aquele epicentro. Eu já quase que deslizava naquele aeroporto Chopin, repleto de neve e gajas boas.
Após aterrar em Stansted, o fino tacto do meu pé e da minha meia já estavam em contacto com o solo. Parecia o Fred Flinstone. Como também não ando a viajar para servir de manequim – deixo esse papel para o meu quotidiano português – tentei embarcar mesmo assim. Naquela figura pré – histórica.
“You ‘ ve got to buy some shoes, man” disse-me o polícia. E até era bastante simpático.
Bem, não tinha outro remédio. Lá fui eu à reputadíssima “Clark’s” adquirir ( como se diz em Balasar) uns novos sapatos, que curiosamente ainda hoje trago calçados e geram o gáudio de muitos. Registe-se que eu, apesar dos infortúnios, continuo a pautar-me pelo bom gosto. Depois de os calçar, pedi à senhora da loja um saco para colocar os sapatos antigos. Lá os coloquei dentro do saco e, de seguida, pus o saco de plástico, que entretanto amarrara, dentro de um caixote de lixo.
Foi o cara…Melo! Mal me sentei, na minha habitual posição relaxante, três polícias me abordaram. Retiraram-me o passaporte, sem me deixarem pestanejar. Depois, com toda a gente a olhar, também pelos meus lindos olhos e típica “faccis” latina, os polícias encaminharam-me para o caixote de lixo. Sou obrigado a retirar o saco, e a mostrar o que tinha no interior. São sapatos, senhor! Ah, tudo bem! Muito simpáticos a partir daí os polícias. Aliás, eu até me virei para trás a pedir o aplauso da mini – plateia atarantada.
Não, não era uma bomba. Mas lá tive eu de ir a uma sala privada preencher um pequeno questionário. Tinha de ser, disseram-me eles. Riram-se com a história, falaram-me do Cristiano Ronaldo, do Mourinho, enfim…uns compinchas estes ingleses. Agora confesso que fiquei aflito quando me tiraram o passaporte e se puseram a falar ao telecomunicador. “It’s MOREIRA. “M” for “Muffin”, O for “Oriental” and so on…


publicado por Gil Nunes às 11:54
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Quarta-feira, 17 de Março de 2010
A TAP

 

É uma companhia aérea que todos os anos apresenta contas de prejuízo. A TAP, por outro lado, é reconhecida e louvada pela qualidade dos seus profissionais e pelo óptimo serviço prestado aos seus clientes. Como tal, há algo de errado nesta equação.
Na minha opinião a TAP não poderá subsistir como empresa pública. Está visto que não há solução possível, por muito bons que sejam os gestores, as optimizações de custo e de pessoal. Para mim, a resolução deste problema aparece, em primeira mão, pelo cancelamento do projecto do TGV. A prioridade no transporte de passageiros deve ser aérea, e há potencialidades para isso através da criação de bases aéreas por todo o país, e não pelos carris, mais direccionado para o transporte de mercadorias.
A TAP só poderá ser viável através de um modelo público – privado de exploração de “low costs” de Portugal e Espanha. Mudando as suas rotas preferencialmente para destinos de curta duração, a frota da TAP deverá ser mais económica, aproveitando-se as necessidades de deslocação dos responsáveis das pequenas e medias empresas, que naturalmente tem conexões privilegiadas com Espanha. Para o alto empresário, mantêm-se as ligações mais longas com as grandes capitais europeias(e países de expressão portuguesa), escolhidas de acordo com o seu tráfego habitual.
Para que isto se torne viável, a TAP deve encetar uma política de captação de investimento nos dois países, que aposte em construir definitivamente a rede de “low cost ibérica”. Naturalmente que a presença de capital espanhol seria importante e o papel dos Governos teria de servir como intermediário. É claro que ainda existem muitas variáveis a ter em conta, e o estudo deverá ser aprofundado, mas na minha óptica só através de um modelo do género poderemos salvar a TAP e também melhorar o transporte aéreo.


publicado por Gil Nunes às 11:43
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Segunda-feira, 15 de Março de 2010
O direito à nóia - Anti-coaching

 

Às vezes é saudável estar de trombas. E discutir com alguém só pelo simples prazer de quem quer discutir. Fogo que arde sem se ver. Sem malícia mas com alguma paprika na ponta da língua. É por isso que as acções de coaching, de motivação, ou como lhe queiram chamar não resultam em mim.
Vamos ter um dia fantástico. Hoje é o teu dia, a tua tarde, o momento em que serás melhor que todos os outros. Garanto que da última vez que ouvi um fulano dizer isto só me apeteceu fazer tudo ao contrário. Só para o contrariar. Digamos que é a minha mente a reagir a estas intempéries verbais.  Sim, vamos conseguir! Somos uma equipa e todos somos fundamentais para o seu êxito. As vossas qualidades são as minhas, também sinto os vossos fracassos. Vamos lutar!
A psicologia um dia vai estudar-me. É como se entrassem pelos meus ouvidos e fossem reencaminhados para uma roldana. Rss, tudo ao contrário! Por que não motivam as pessoas de outra forma? “Bem, olhe, se fizer o que lhe compete tem mais tempo livre para estar com os seus amigos. Conhecer novas pessoas, está a ver? Jogar futebol na praia, caminhar, ver televisão, ir ao cinema. E ainda lhe damos algum dinheiro extra, o que lhe parece?” E aí respondo eu “Nem pensar, estou aqui para lutar pelo êxito da equipa.” Enquanto toda a vida, e os seus propósitos, passam ao lado do meu manifesto pró-laboral, de amor à camisola, sou dado como exemplo. Por outro lado, quando se goza a vida, somos libertinos.
E apetece-me comer pizza, estar no sofá a fazer zapping a ver se descubro algum documentário interessante. Hoje não é o meu dia, mas é um daqueles dias. Levanta-te e anda! Vem junto de nós atirar um frisbie e ve-lo deslizar na verde relva enquanto entoamos cânticos. Não, não me parece. Acabei de accionar o artigo 121º que prevê o direito à nóia!
Pessoas diferentes, motivações diferentes. Isto funciona tão bem no racismo. No fundo, I ‘ m the master o f my domain!


publicado por Gil Nunes às 11:33
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Quinta-feira, 11 de Março de 2010
As oito linhas mestras do programa do partido Gil Nunes

 

Já aqui prometi uma vez deixar as linhas mestras do meu programa de Governo. Eu já sei que o país está mal, não precisam que me digam. Aliás todos sabemos, acho que é unânime. Para combater este cenário, seguem as oito principais propostas do partido “Gil Nunes”.
1 – Abertura de cargos públicos, e ministeriais, a políticos estrangeiros
Penso que um dos principais problemas deste país é ser analisado por portugueses. Há situações em que o distanciamento pode ser um verdadeiro foco da realidade. Os problemas podem até ser evidentes e de fácil resolução. Não faltam bons exemplos por este mundo fora que podem ser transpostos para a realidade do nosso país. E, nas empresas privadas, há grandes gestores que não são portugueses. Aposto numa filosofia mais liberal, universal, em prol do desenvolvimento integrado e sustentável.
2- Aumento da rede de aeroportos / cancelamento do projecto da “Ota”
Ao criar pequenas bases aéreas em capitais de distrito, obrigaríamos as companhias de baixo custo a mudarem-se para locais do interior. Se juntarmos a isso a abertura do Ministério dos Negócios Estrangeiros(que vou falar a seguir), poderíamos aproveitar este novo fluxo de pessoas para captar empresas e investimento para os trajectos entre as pequenas cidades e as metrópoles(Lisboa e Porto). Ao mesmo tempo potenciaríamos indirectamente o turismo, a restauração, o pequeno comércio e os serviços.
3- Defesa da regionalização e regionalização transfronteiriça
Para mim só faz sentido falar-se de regionalização quando se tem presente o conceito de regionalização transfronteiriça. Não tem nexo, por exemplo, que um individuo que viva em Chaves ou Bragança tenha de estar dependente do Porto para os serviços sociais e institucionais básicos, quando os pode resolver em Espanha, que fica bem mais perto. A criação de associações transfronteiriças, com autonomia local, pode também servir como forma de melhor se rentabilizarem os fundos e as receitas.
4 – Educação dirigida para os bons alunos / Introdução do castelhano como língua obrigatória
A educação está caótica, e na minha opinião é pelo facto de estar orientada para os maus alunos. Devemos ter um ensino exigente, com avaliações rigorosas, que não tenha problemas em deixar para trás aqueles que não rendam. Para esses, uma futura saída através de especializações não orientadas para o prosseguimento de estudos. A escolaridade obrigatória pode perfeitamente ficar no 9º ano, ou até menos. Por outro lado, ao leccionarmos a língua espanhola a partir do ensino básico estamos a permitir aos futuros cidadãos que, em vez de um mercado de trabalho de 10 mil pessoas, possam usufruir de um de 50 milhões. O desemprego baixaria consideravelmente.
5- Aumento dos Julgados de Paz
A justiça em Portugal está entupida e a solução é mesmo desentupi-la. Parece fácil, mas para mim a maior parte dos processos pendentes decorre de assuntos menores, que poderiam ser resolvidos em organismos de pequena instância. Os “Julgados de Paz” são uma boa solução e, bem organizados, permitiriam um olear mais eficaz do sistema de justiça.
6- Estratégia de potenciação da indústria aeronáutica, naval e piscatória. O mar como atracção turística
Estou plenamente de acordo, neste ponto, com o MMS. De facto a nossa costa é extensa e mal aproveitada. Ao captar investimento nestas três áreas damos também oportunidade a que uma nova atracção se desenvolva. E, com uma costa ampla, nem precisaríamos de centrar esta actividade na metrópole. Para isso, a captação de investimento internacional seria fundamental.
7- Fiscalização imediata do Rendimento Mínimo / Redução dos cargos supérfluos de “Vices”, “Subs”…etc
Portugal é o país do mundo que maior taxa tem ao nível de “vices”, “subs”, etc. Essa situação atrofia a economia do país. Naturalmente que há cargos que serão supérfluos e a criação de um gabinete de auditoria poderia eliminar cargos desnecessários. Por outro lado, a fiscalização do rendimento mínimo eliminaria o chamado “subsídio à preguiça”, filtrando as verbas para quem realmente precisa.
8- Criação de um Ministério dos Negócios Estrangeiros aberto
O Ministério dos Negócios Estrangeiros devia ser composto por empresários veteranos, com uma carteira de contactos que permitisse trazer rapidamente investimento para Portugal. Com liberdade para viajar por todo o mundo seria uma forma de facilitarem as relações internacionais


publicado por Gil Nunes às 00:01
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Terça-feira, 9 de Março de 2010
Anthímio de Azevedo

 

Anthímio de Azevedo é um dos homens que mais aprecio na televisão. Geralmente paro tudo o que estou a fazer para o ouvir. Para já não é um comentador masturbador. Filtra os seus amplos conhecimentos numa linguagem acessível e tudo se torna melodioso. Percebemos o que são anticiclones, as influências que provocam e a relação com a história da terra e da humanidade como se estivéssemos a falar de futebol ou de novelas.
Aquele cientista, que sempre admirei, deu recentemente uma entrevista na SIC a propósito do temporal da Madeira. Explicava ele que a Terra é um organismo que se gere por regras de equilíbrio. Lembrei-me do “Avatar” e de uma cena em particular, em que se explica que toda a energia que possuímos foi-nos emprestada pela Natureza, a quem teremos de a devolver um dia. Deste modo, se não existissem os sismos a Terra explodiria. E, explicava ele, os sismos têm ocorridos numa espécie de ondas horizontais a partir do mar Mediterrâneo.
Fiquei a saber também que o efeito do homem tem uma importância relativa no clima. Mais importante do que isso são os conceitos de “moderado” e “extremo”. Nos últimos anos habituamo-nos a estar na linha do moderado, o que não provoca grandes desequilíbrios climatéricos. Agora, contudo, estamos a passar para a linha de extremo, o que significa que as intempéries vão ser mais comuns. Por miúdos, é como se estivéssemos a levar com a fava para que outros possam agora ter temperaturas mais amenas e tranquilas. Equilíbrio.
E uma data de coisas mais: a variação dos ventos, a importância da precipitação e das correntes marítimas, a morfologia dos terrenos. Em dez minutos Anthímio de Azevedo consigo transmitir algo de complexo em palavras simples e contagiantes. É por isso que eu não dispenso as suas análises.


publicado por Gil Nunes às 12:37
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Segunda-feira, 8 de Março de 2010
Contra o orgilho gay. E explico porquê.

 

“A Elisabete é a menina gorda lá da escola. Pesa 100 kg. Mas a gordura não lhe retirou inteligência. Foi a primeira a tirar a carta. A celulite nas pernas faz o corpo balançar nas curvas mas um cinto bem apertado faz milagres. Elisabete não tremeu perante o olhar ameaçador do instrutor. Aprovação na teoria, êxito na prática!
Tenrinha como os nacos do seu corpo, Elisabete ganhou algum protagonismo no seio das suas amigas. Pensava ela não precisar mais de ser gótica como as modas dos Within Temptation. E no sábado lá foram elas à discoteca. A esperança é a última morrer mas a facada dada quando a porta do carro se fechou foi de tal modo violenta que o sangue voltou invisível aos poros da baleia. Os rapazes até a achavam porreira mas preferiam dormir com a Susana, que tem uma cabeça e uma vagina igual a um alguidar de barro. Ou mandar mensagens à Raquel, que tem uns lábios carnudos e uma silhueta nadegal que choca ao som da bateria. Elisabete, tal como todas as noites góticas, ficava apedrejada no seu canto, sorrindo de copo e cigarro na mão enquanto contava os segundos para o regresso a casa e às suas histórias.
O mundo não pode ser injusto. Tinha de ser encontrada uma solução. Elisabete decidiu tornar-se lésbica. E toda a gente, desde os primórdios da primária, lhe dava atenção e carinho. Que corajosa era ao enfrentar males e medos ancestrais. Preconceitos da sociedade. De bombo da festa passou a foco central das fotografias. E conheceu a Madalena. Flash aqui, flash ali, eram convidadas para todas as festas. Tornaram-se confidentes de meio mundo, as amigas predilectas, o telefone atento nas noites de desnorte. A bem ver, só faltava uma peça. A partir daí Elisabete tornou-se feliz para sempre.”
Meus amigos, na minha opinião todas os cuidados são poucos quando nos referimos ao orgulho gay. Porque para mim há muitos homossexuais convertidos que mais não são do que profundos casos de desespero. Por isso, sou totalmente contra o orgulho gay. Mais ainda, sou contra a sua actual visão de que ser gay pode ser “cool”. É uma chancela que não pode existir, porque pode representar um escape, uma fuga a situações de desequilíbrio social. Acreditem, eu saio à noite e deparo-me com situações gritantes. Pessoas que sofrem na calada por causa do seu aspecto físico, de silhuetas assimétricas ou de hipersensibilidade jucosa. Um bocadinho aqui, um comentário acolá e já diz o povo que água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
A criação do orgulho gay, por outro lado, faz com que os homossexuais se auto – discriminem. Por ventura alguém os está a discriminar? Devemos acreditar que não, até porque a homossexualidade é uma orientação conhecida, e não excêntrica, para a maior parte das pessoas. Criar pequenos lobbies – como os bares ou as marchas – origina um preconceito auto – induzido, mesmo que o mesmo seja inconsciente. Ser gay não pode ser um privilégio, um sinónimo de orgulho. Tem de ser algo de natural, respeitável como a orientação sexual de cada um. Sim, eu sou a favor dos casamentos dos homossexuais. Ou melhor é um assunto que me é absolutamente indiferente. A homossexualidade é simplesmente uma orientação sexual, não um modo de vida. Nestas coisas sou como o Saramago em relação à Bíblia, limito-me a ver as coisas como elas são. Mas, como diz o Bruno Aleixo, muita “cautela”. Há muita patologia por esses lados.


publicado por Gil Nunes às 16:43
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