Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2005
Acredito!
Não sou um “self-deprecatory”, como diriam os nossos amigos britânicos. Tenho por hábito ser optimista e acreditar que Portugal tem um potencial imenso ao nível do seu território no seu vector mais rico: as pessoas. Seguindo esta linha de raciocínio, será nas pessoas,e cada vez menos nos políticos, que Portugal poderá capitalizar todos os seus recursos, sendo elas o dínamo de um país que se pretende no Everest da Europa.
Mas para atingirmos objectivos, é necessário enquadrarmos todo o nosso meio envolvente e traçarmos metas ambiciosas, acreditando sempre no valor de cada um. Assim, atentemos em dois pilares que considero fundamentais: a educação e a cultura.
A formação dos indíviduos, quer ao nível do topo do ensino superior quer ao nível das áreas técnico-profissionais, são dois alvos vitais para que se crie uma massa crítica consciente e por si só capaz de orientar um rumo adequado, sem o auxílio do político. Conjugado com este parâmetro, a criação de padrões de gosto e estéticos que automaticamente encaminhem os cidadãos para as filas do conhecimento, enquadrado com o boom da sociedade de informação, são o pilar para que cada português seja o micro-presidente de dez milhões de elementos que unidos farão uma Nação mais forte, com decisões de acordo com a consciência de cada um.
Mas sei que o caminho não é fácil nem curto. Por isso, aposto na estabilidade e no ecumenismo político-partidário. Tal como o meu optimismo me obriga, acredito firmemente que a criação de um documento que una todas as forças sob a supervisão de uma comunidade científica que deverá ser, ela sim, a timoneira de um percurso de longo-prazo em que se envolvam membros culturais, comunidade educativa e pais( que também deverão ser responsabilizados pelo insucesso dos filhos). Exigente, a mesma comunidade científica que em meu ver é de momento sub-aproveitada no nosso país deverá ser prelectora de discussões que temos que admitir que terão que cair no boião da racionalidade, como o aborto ou a liberalização das drogas leves. Com o enquadramento pluridiscipliar, medindo prós e contras, poderemos estabelecer o menos imperfeito dos caminhos, assente na combinação inteligência racional e emocional.
Só nós poderemos traçar um rumo, e como tal, deveremos ter um modelo, uma espécie de ídolo ou plágio positivo que nos auxiliem na nossa conquista democrática. Assim, atentemos nos países nórdicos ou na própria Irlanda(exemplo mais recente). Mão-de-obra qualificada perpetuada em qualificação do ensino e abertura à sociedade do conhecimento e novas tecnologias originaram perspectivas de futuro aos seus habitantes. Uma nova face que deverá ser enquadrada no nosso latino estilo de vida, sendo que o encaixe não se afigura fácil, mas que por si só terá um gosto especial em ser ultrapassado.
Polvilhado a isto, apostemos numa economia forte e determinada, pondo um termo a certos vícios como a fuga deliberada aos impostos e as baixas fraudulentas, dois handicaps que deverão ser combatidos com a maior firmeza. Mas para isto é necessário mais uma vez o sentimento nórdico que prediz que o Estado somos todos nós e não um animal de face invisível, que toda a gente teme mas que ninguém lhe conhece a face(tal como a definição de “sistema” no futebol). No seio de todas estas metas, potenciemos condições micro e macro-económicas para que as nossas empresas se possam dinamizar e expandir o seu raio de acção que interna quer externamente. Criemos condições para que estas se possam abrir na economia de mercados e, a longo-prazo, ser o motor uno do nosso país. Aliado a isto, há que minimizar as consequências da estrutura, com castigos pesados a todos aqueles que praticarem o africanismo empresarial, ou seja, quadros de rendimento extremamente desiquilibrados entre CEOs e restante estrutura da empresa, num olhar fiscalizador e rigoroso que deverá ter o Estado como único persecutor.
Mas, para que vossa ver todos os objectivos propostos, necessitamos de um líder. Acredito piamente que a visão estratégica e a firmeza de valores do Professor Cavaco Silva são fundamentais para que Portugal se encontre nos próximos anos, a todos os níveis de desenvolvimento


publicado por Gil Nunes às 18:01
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