Terça-feira, 20 de Outubro de 2009
Qual o problema de Portugal?

 

Para mim a resposta é só uma: os portugueses são pessoas pouco práticas, fiéis ao “filmezinho” que impede o progresso do país. Bem ou mal, em Portugal não se decide, seja em que área for. Ou decide-se muito lentamente. Mas acho que é uma consequência positiva de todo um contexto que envolve o nosso país.
 
Considero que Portugal é um país privilegiado e com condições muito agradáveis. Um território de 10 milhões de pessoas perfeitamente equilibrado. Não há conflitos étnicos, sociais ou raciais. O clima é óptimo com mar, serra, bom sol e paisagens apelativas. Não há catástrofes naturais.  Um posicionamento geográfico que nos coloca perto da Europa, da África e da América e uma costa de mar extensa, salpicada com dois arquipélagos de rara beleza. Uma história única, escrita nos quatro cantos do mundo com muita glória. À primeira vista de um alien , não há motivos para que este país não seja evoluído.

Eu acho que o principal problema de Portugal reside no facto do ser humano necessitar sempre de ter problemas. Se quisermos comparar, quando estamos a rasca dos intestinos para ir à casa – de –banho, a comichão nasal desaparece imediatamente. Mas em Portugal há muitas comichões nasais. Na política, no meio social, nas instituições ou na vida pessoal, o “filmezinho” e a burocracia são constantes. Depois os governantes discutem que afinal crescemos 0,5% ao ano e não constatam que, na realidade, o país estagnou.Não andou para a frente. Nada!
 
Entendo que todo o enquadramento com que este país se definiu, que como já disse foi extremamente positivo, prejudica hoje em dia a evolução. Entendo também que a principal forma de se resolver o problema é informar as pessoas desse aspecto, para que os portugueses se sintam privilegiados e comecem a pedalar de forma mais prática. Porque sou daqueles que acha que o medo também traz vantagens. Uma sociedade apavorada num determinado segmento de tempo vai evoluir mais rapidamente num segundo período, pois tem noção do que é o perigo, o caos e a catástrofe. Nós, num enorme felizmente, não tivemos que nos preocupar com isso. Ficou o pequeno infelizmente que tanto nos atormenta.


publicado por Gil Nunes às 12:17
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Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009
As escolhas do Anti - Gil

 

Chamava-se “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” e deve ser dos piores filmes de todos os tempos. Esse e o Vanilla Sky. Dois filmes confusos, sem interesse algum, que apenas me provocaram sono. Digamos que me causaram uma espécie de asco imediato. O contrário do prazer, o apogeu do meu avesso, o gáudio do Anti – Gil .  
 
“A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” é uma absurda história medieval em que paixão e misticismo se misturam sem nexo algum. Parece um filme feito em cima do joelho. Lembro-me que sai a meio do filme. Aliás, eu já sai a meio de muitos filmes. Olhem, foi o que aconteceu no Vanilla Sky. É o Tom Cruise que tem uma vida magnífica, depois tem um acidente e passa tudo a correr-lhe mal. E enfim, são aqueles iluminados que dizem que os espectros se misturam numa nova plataforma de vida etc etc. “È o sentir e o não – sentir, aquele intermédio que existe, percebes?” Não, não percebo. Só sei que o Gronjkaer não joga amanhã contra a Suécia.
 
O Anti – Gil gosta também muito da Norah Jones. Confesso que às vezes dou por mim a pensar que estou a ouvir “Come away with me” enquanto adormeço ao volante. É a verdadeira música do nenúfar. E irrita-me ainda mais por outro motivo: é a música do “fica bem”. “Olha, querida, esta noite temos convidados em casa. Pomos a Norah Jones mesmo baixinho. De certeza que toda a gente vai gostar” E lá está. Os convidados chegam, cagam para a Norah Jones, falam do filmezinho das suas vidas, dão uma risada encomendada e no fim dizem que foi tudo agradável e que têm de repetir mais vezes. Desculpem lá, mas o Gil autêntico acha que os jantares de amigos genuínos têm sempre um pouco de javardice incluída!

Voltando aos filmes, o “Águas Mortíferas” também é decadente. Durante o filme só se vêem tiros e inundações. Eu acho que nem os ciganos do Bombarral, no meio de uma enchente do Ribatejo, conseguiriam ter tanta confusão. E depois vêm aqueles inteligentes a criticarem o cinema português. Ao menos temos a Soraia Chaves e a suas magníficas pernas!
 
PS - O "Anti - Gil" apoia a candidatura de Joaquim Couto à Câmara de Gaia, até porque sofre de hipertensão
 


publicado por Gil Nunes às 16:04
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9/10

 

Contemos até 9. Não, que ninguém nos perturbe. Lá por o Portas dizer que fica feliz por atingir os dois dígitos, não significa que a nossa marcha deva ser interrompida. Toda a sociedade foi construída a partir do momento em que o 9 deu lugar ao 10. Porque não deu lugar a outra coisa qualquer?
O sistema decimal existe porque alguém pensou que deveria ser assim. Na altura os cálculos faziam todo o sentido mas tal como a evolução deveriam fazer mais agora. Se querem que vos diga não sei responder. Podia ser que com um novo número eu passasse a ser bom a matemática. Ou se calhar como sou um incapaz na arte dos números não sei se existe algo que supra este meu desejo.
Gostava de ter nascido com cabeça para números. De gostar de fazer cálculos, de perceber as relações geométricas entre os objectos. Exacto, eu preciso de perceber quais os pesos que sustenham os meus objectos, a minha casa ou simplesmente os meus pés.
Não tenho números, só tenho palavras. Por muito que me entusiasmem não passará de um prémio de consolação. Perfeccionista e exigente? Não sei o que é perfeccionismo, nem tão pouco a exigência. Por enquanto tenho apenas uma criatividade preguiçosa que me faz girar o motor da minha vida.


publicado por Gil Nunes às 01:52
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Quarta-feira, 5 de Agosto de 2009
Dúvidas Existenciais - A questão da sande de pernil

 

Às vezes considero que Deus desenhou mal o mundo. Vagueio no seio dos meus pensamentos enquanto percorro as ruas da Feira Medieval, em Santa Maria da Feira. Como eu costumo dizer quando estamos realmente com fome qualquer criação da Natureza fica para segundo plano. Assim aconteceu.
 
Apesar da minha alimentação se basear no peixe e nos galináceos, tento-me perante o apelativo pernil que vejo à minha frente, em pleno acto de assadura. Carne tenra, suculenta, que se desfaz na boca de forma amanteigada.  A partir deste momento olfacto e visão entram num autêntico confronto de sentidos. Diabo e anjo. Por um lado o meu apetite diz-me para avançar sem dó nem piedade, até porque a alma de um porco, nas contas da matéria animal, acaba por ser equivalente a de qualquer micróbio pisado nas nossas caminhadas. Por outro uma cortina de sentimento corrói – me o espírito: um pecaminoso cadáver exibido na corrente de uma rua suja de inconscientes gargalhadas.
 
Foi uma batalha sem vencedor. Aliás como deveriam ser todas, pois devemos banir a guerra. Em prol da paz fiquei a ver o Sporting na televisão. Com cerveja, caldo verde e amendoins, alimentos que não são crucificados em praças perante o incauto juízo dos passantes. Como eu costumo dizer quando estamos realmente com vontade de ver futebol a fome e as criações da Natureza ficam para segundo plano.


publicado por Gil Nunes às 17:04
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Quarta-feira, 2 de Julho de 2008
Albânia ou o capricho de Enver Hoxha

 

Ontem, depois de uma noite de Pro Evolution Soccer na Mansao, cheguei a casa um pouco cansado mas ainda assim com curiosidade para saber um pouco mais sobre a Albânia e o seu ditador Enver Hoxha.
 
Proibiu os automóveis particulares, obrigou os estrangeiros a raparem o cabelo e vetou completamente qualquer tipo de manifestação religiosa. A Albânia, e o seu ditador Enver Hoxha, sempre despertaram a minha curiosidade, sobretudo pela visão primária de falta de aproveitamento do potencial geográfico deste país, que faz parte dos Balcãs e está relativamente próxima do Norte de Africa, tendo fronteira estabelecida com a Itália, por exemplo.
 
Nas últimas décadas, a história da Albânia confunde-se com a do seu ditador Enver Hoxha. Nascido em Gjirokaster, na mesma cidade de Ismail Karate(considerado o maior escritor albanês de sempre), o regime de Enver Hoxha resultou num isolamento profundo do país, com uma pesada herança que ainda hoje tem profundas repercussões na falta de alavancagem económica do país.
 
Após a II Guerra Mundial, altura em a Albânia sofreu com a invasão italiana, Enver Hoxha tomou o poder e instalou o socialismo no país. Aí protelou por uma política de culto da imagem, promovendo uma industrialização forçada à custa das matérias primas existentes no solo albanês, como o carvão e o petróleo. Na história ficam grandes desavenças políticas com Tito por causa da questão do Kosovo e a sua aliança com Estaline durante o confronto URSS-Jugoslávia, política que transportaria para o seu país
 
À custa da falta de planeamento e metodologia do país, a Albânia endividou-se cada vez mais até chegar a um ponto de ruptura na década de 70. Este “último bastião do estalinismo” na Europa ainda tentou uma aliança estratégica com a China nesta época, que viria a ser efémera dado ter terminado em 1978. Num isolamento total, a Albânia viveu em grandes dificuldades até 1985, altura em que morreu Enver Hoxha.
 
Nos dias de hoje, e depois de muita instabilidade política, a Albânia tenta, com muitas dificuldades, alavancar a sua economia trucidada no seio de uma Europa desenvolvida. Para trás ficam períodos de sérias dificuldades e de escolhas políticas deficientes que hipotecam o futuro dos jovens daquele país.
 

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publicado por Gil Nunes às 10:48
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Quinta-feira, 8 de Maio de 2008
Miesczo I

É o D. Afonso Henriques da Polónia. Tal como o nosso primeiro rei, também Miesczo I um dia se revoltou e decidiu começar a sonhar naquilo que hoje é a Polónia.

 

Encontrei muito pouca documentação sobre Miesczo I em português. Mas pelo que a minha curiosidade me disse, sei que nunca foi rei, apesar de ter começado a delimitar as fronteiras da Polónia do norte até ao Báltico. Foi ele quem, em 966, converteu a Polónia ao Cristianismo, com muitos historiadores a argumentarem que foi uma forma de se defender das ofensivas bárbaras da altura, conquistando aliados noutros pontos da Europa.

 

No seu principado(nunca foi rei) Miesczo I não colocou qualquer capital na Polónia. Construiu sim uma série de castelos como uma espécie de espaço fortificado e inexpugnável. Construiu também inúmeras catedrais, sendo talvez a mais importante a de Poznan, dedicada a São Pedro.

 

O seu trabalho teve consequência nos reinados seguintes, dado que desenhou o que hoje conhecemos como Polónia. Teve também uma enorme bravura no combate realizado contra as ofensivas bárbaras, batendo Otto I, Otto II e Otto III.


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publicado por Gil Nunes às 10:29
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