Sábado, 18 de Abril de 2009
O sangue belga de "Always on my Mind"

 

Os frequentadores habituais deste blogue sabem que um dos países pelo qual eu nutro especial simpatia é a Bélgica. Não me vou aqui debruçar sobre os motivos, até porque no arquivo podem descobri-los com facilidade. Contudo, a partir da Europa Central quero fazer uma pequena analogia com o eventual significado de uma música que as rádios me fazem ouvir todos os dias, sem excepção, desde há uma semana a esta parte.
Os que me conhecem melhor sabem, também, que tenho alguma fé e, como tal, acredito que por vezes a Natureza fala connosco, mesmo da forma elementar. As coincidências também existem, por certo, mas a regularidade com que sou bombardeado com “Always on my mind” dos Pet Shop Boys(adaptado do Elvis Presley) é algo que devo registar.
Constato este fenómeno e lembro-me de mais um filme da minha infinita colecção de policiais de Hercule Poirot. Em “Testemunha Silenciosa”, um cão assistiu a toda a cena do crime, havendo o desafio de fazer o animal comunicar todos os passos do crime e identificar o assassino.
A ouvir a música, passa-se sensivelmente a mesma coisa. Não que me vá inteirar fastidiosamente do que ela possivelmente me quer transmitir(seja eu emissor ou receptor) mas gostava que existisse uma espécie de “Bob”, com “sangue belga”, que me pudesse ajudar.
Maybe I didnt treat you quite as good as I should
Maybe I didnt love you quite as often as I could
Little things I shouldve said and done, I never took the time
You were always on my mind
You were always on my mind

Maybe I didnt hold you all those lonely, lonely times
And I guess I never told you, Im so happy that youre mine
If I made you feel second best, Im so sorry, I was blind
You were always on my mind
You were always on my mind

Tell me, tell me that your sweet love hasnt died
Give me one more chance to keep you satisfied
Satisfied

Little things I shouldve said and done, I never took the time
You were always on my mind
You were always on my mind

Tell me, tell me that your sweet love hasnt died
Give me one more chance to keep you satisfied

You were always on my mind
You were always on my mind
You were always on my mind
You were always on my mind
You were always on my mind
You were always on my mind

Maybe I didnt treat you quite as good as I should
Maybe I didnt love you quite as often as I could
Maybe I didnt hold you all those lonely, lonely times
And I guess I never told you, Im so happy that youre mine

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publicado por Gil Nunes às 20:23
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Quinta-feira, 9 de Outubro de 2008
Madonna- Rainha da Pop ou da Razão?

 

Madonna, a deusa da pop! Nome de expansão planetária, está constantemente nos tops, não cristalizando o seu trabalho num tempo que, muitas vezes, se torna imutável a quem nele se plasma.
 
Já lá se vai o tempo de “Like a Virgin” ou “Vogue”. Acompanhado as tendências do tempo, onde a vertente electrónica desempenha papel primordial, a rainha da pop soube adaptar-se com um óptimo poder de encaixe, como são bem ilustrativos os seus últimos trabalhos.

À parte deste aspecto, os seus espectáculos primam pela originalidade e inovação, não havendo espaço para erros de circunstância. Rainha da provocação ou da razão, Madonna apresentou no último espectáculo em Lisboa um vídeo com uma mensagem extremamente forte. Além do vídeo, destaco também a sua mensagem de luta contra o clubismo religioso, dando exemplo de várias citações de diferentes credos e religiões que, vistas as coisas, desaguam no mar dos valores e dos princípios.
 
Realmente, chegou o tempo de todos nos unirmos em prol da defesa do nosso planeta, encontrando formas de concertação conjunta que envolvam o planeta numa estratégia global. Basta de indefinições quando a ampulheta do tempo se está a escoar. A responsabilidade, de cada um de nós, poderá ser infrutífera se os grandes governantes não estabeleceram uma plataforma de entendimento.

E, no plano político, a rainha da razão não podia estar mais acertada. A Regueifa do Irão apoia publicamente Barack Obama, o próximo Presidente dos Estados Unidos da América. Let´s go!

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publicado por Gil Nunes às 12:37
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Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008
Counting Crows e hábitos ao volante

 

Muitas vezes não consigo compreender qual a sensação especial que aparece ao se ouvir um álbum “unplugged”. Na minha perspectiva, um cenário intimista surge quando menos se espera ao sabor das coisas e dos objectos do acaso, não obedecendo a criações forçadas. Ainda assim, abro uma excepção.
 
Deve ser o cd que eu mais ouvi na minha vida, até porque o adquiri na minha adolescência. “Counting Crows- Live in New York City” mostra um panorama mais tranquilo da banda, tornando ligeiros um rol de temas que, quanto a mim, ganham uma maior autenticidade que lhes é roubado um pouco de ritmo. Chamo a atenção, para quem quiser desfrutar, dos temas “Have you seen me lately” e “Mr.Jones”, este o mais conhecido.
 
Além da música, o cenário. Várias vezes por semana tenho o privilégio de fazer o trajecto compreendido entre a marginal e a orla marítima de Gaia. No cd do carro por certo já adivinharam a minha escolha! Aliás, indo mais além, confesso que é o único cd que eu tenho no carro.
 
Tirando esta excepção, não tenho o hábito de escutar cds no carro. Fazendo uma espécie de zapping radiofónico, gosto de ser surpreendido com todo o tipo de temas, sem planificação prévia. E não raras as vezes descubro temas magníficos, posteriormente pesquisados e recolhidos. Assim aconteceu com MSG, Leaves Eyes ou Hooverphonic.

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publicado por Gil Nunes às 12:32
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Terça-feira, 22 de Julho de 2008
Digam-me que é uma guitarra portuguesa

Ontem , primeiro dia de umas férias gaienses bem regadas a sol e a praia. À noite, o convívio com os amigos no Refresh Bar e a recolha. No carro, fui surpreendido com uma música absolutamente fantástica, que de todo desconhecia.

 

Ao chegar a casa, tendo fixado o refrão, pesquisei no Google a sua origem. "Nightmare" dos MSG, com um início tocado por uns acordes de guitarra portuguesa, que se mescla com o rock anos 80 do seu vocalista. Desta mistura resulta uma melodia pacata, com um toque latino que lhe dá toda a alma e magia.

 

Nunca ouço cds no carro. Apesar de os ter comigo, prefiro deambular pelas rádios em busca de temas que me possam surpreender. Ecléctico, tanto posso ouvir música clássica como heavy metal, dependendo do meu estado de espírito. E por vezes descobrem-se trechos fantásticos!

 

A bem ver, pareceu-me uma guitarra portuguesa! Uma espécie de encriptação de Carlos Paredes bem afinada no cômputo de uma melodia que até se enquadrou na paisagem. Viva o sol e o mar!


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publicado por Gil Nunes às 15:10
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Segunda-feira, 7 de Julho de 2008
O zangão que mudou o mundo!

 

 
E as histórias geram-se a todo o instante, numa roda criativa que é consequência do nosso estado de vida. Se para os mais atentos bastava não deixar escapar os pormenores, outros há que precisam de ser criativamente apedrejados para que a arte brote como morangos reluzentes. E até que podem vir com chantilly, porque nas auto-estradas da imaginação os limites são capítulos!
 
A música “Girlfriend in a coma” é um dos temas mais tocados e conhecidos dos britânicos “The Smiths”, banda que fez furor e ganhou mediatismo nos anos 80. E tudo se baseia numa história verídica: a melodia narra os sentimentos do psiquiatra escocês Charles Follen Mahoney que, de férias no Japão, vê a sua namorada entrar em coma após ter sido picada por um zangão.

Desesperado, e vendo a sua companheira às portas da morte, Charles procura soluções em todos os cantos dos confins da Ásia. Descobre o alívio na ilha Mindanoa onde médicos locais tiram a sua namorada do coma e a trazem de novo à realidade, curada do mal que padecia.
 
Mais tarde, e inspirado na música dos The Smiths, o escritor Douglas Coupeland escreve o romance “Girlfriend in a Coma”. Novo enredo, personagens distintas, mas novamente um êxito artístico. Basta recuarmos na história e analisarmos com cuidado, chegando à conclusão que todo este turbilhão criativo foi da responsabilidade…de um mísero zangão! O zangão que mudou o mundo!
 
 
 

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publicado por Gil Nunes às 14:46
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Terça-feira, 1 de Julho de 2008
Guns n Roses- Salpico de genialidade

 

Guns n´Roses, nome de banda norte-americana que me desperta pouca curiosidade. O seu hard-rock nunca me fez correr para as prateleiras para adquirir os seus cds. O nome da banda fica, contudo, ligado à história da música, sendo uma das referências do estilo hard-rock. O seu vocalista chama-se Axel Rose.

E pouco mais sei. As informações circunstanciais cingem-se ao primeiro parágrafo e a uma capa de cd com muito esparguete! Mas há uma estrofe absolutamente genial que não posso deixar escapar em claro. Descreve sentimentos muito próprios com uma leveza de palavras extremamente harmónica, quase que encaixando na perfeição no tom de música apresentado. Falo da última estrofe de “November Rain”.
 
Sou um apreciador de música na sua dimensão global, mas a minha linha de análise vai para além disso. Gosto de analisar as letras e verificar se as mesmas fazem sentido, se conseguem obter um casamento equilibrado com a própria melodia, enredilhando-a num único factor de beleza.
 
E, assim, todos entram nesta forma de análise. Porque considero que mesmo nas músicas que não gostamos podemos encontrar salpicos de genialidade. Como acontece com esta estrofe, na minha perspectiva o ponto mais reluzente da minha relação com os Guns n´Roses.!
 
 
 
So when your fears subside
And shadows still remain
I know that you can love me
When there’s no one left to blame
So nevermind the darkness
We still can find the way
Cos’ nothing lasts forever
Even cold November Rain.

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publicado por Gil Nunes às 12:28
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Sexta-feira, 9 de Maio de 2008
Voyage, Voyage

 

Apesar de ser uma língua que na sua sonoridade apela à melodia, poucas são os temas que conhecemos cantados em francês. Lembro-me de assistir aos programas de descoberta de novos talentos, como o “Chuva de Estrelas”, e de ninguém vermos a cantar em francês.

 

Ainda assim, depois de rebuscarmos um pouco nas músicas que ouvimos na rádio, conseguimos encontrar alguns temas cantados nesta língua. Um dos mais célebres é o “Pourque tu m’aimes encore” da Celine Dion, tocado com frequência. Nas rádios mais especializados, podemos também encontrar temas da Edith Piaff ou do Jacques Brel, nomes fortes da história da música francófona.

 

Depois de encontrar também salpicos no “N’ Oubliez Jamais” de Joe Cocker, um dos temas que convém lembrar é o “Voyage, voyage” dos  Desireless, um dos temas fortes dos anos 80. É verdade que não gosto da música, mas o Youtube permite-nos, hoje em dia, conhecer outras versões do mesmo tema que podem transformar o enfadonho em algo de memorável.

 

É o que acontece nesta versão gregoriana. Ao ritmo mais corrido do tema original, a nova versão transmite mais tranquilidade e serenidade, em consonância com um ritmo mais adaptado à época medieval. Aliás, devo dizer que esta é, para mim, a verdadeira farpela do tema. Somos também contemplados com um solo que nos transmite a ideia do vento, elemento importante de interpretação do clip, numa voz que apesar de não parecer muito forte e vincada,  nos transporta para a própria viagem que o tema personifica.

 

Desfrutem!

 

http://www.youtube.com/watch?v=rebakg9XPa0



 


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publicado por Gil Nunes às 10:42
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Sábado, 23 de Fevereiro de 2008
Chris Botti

E tudo começou num belo dia em que eu, o Carlos Duarte, o Rui Almeida e o António Silva decidimos ir até à Fnac almoçar. Enquanto eles se divertiam em mais uma discussão sobre os mais recentes fenómenos de gadgets, parti em busca de outros pontos de interesse naquela loja que, convenhamos, é extremamente multifacetada.

No cantinho dedicado à música, um som extremamente agradável despertou a minha atenção. Sim, eu gosto de jazz, e não por várias vezes fui ao BFlat. Mas não conhecia Chris Botti. Com um trompete extremamente interligado com a sua banda, Botti dá a conhecer em "Night Sessions" um estilo ameno e tranquilo, numa música com um percurso que foge ao grande perigo da música de jazz, que na minha opinião ocorre quando se transforma em "Lawrence WelK", música de elevador.

É um dos cds que levo no carro e que ouço com frequência. Que bem que sabe desfrutar das Night Sessions enquanto conduzo com tranquilidade na marginal de Gaia em direcção ao trabalho, numa daquelas manhãs soalheiras que nos fazem sentir especiais!

 

http://www.youtube.com/watch?v=CZ1du2810eo&feature=related


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publicado por Gil Nunes às 02:25
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Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008
Música da semana

Pelo que me apercebi, esta música de Just Jack é um dos reais sucessos do Reino Unido da transição 2007/2008. Travei conhecimento com ela numa noite em que me deslocava ao Café Convívio para mais uma confraternização nocturna. Apreciei sobretudo o tom alegre a que a sua morfologia alegre nos conduz, complementada com um videoclip que nos mostra o outro lado da fama.

Neste âmbito, sou apologista de que, de facto, o grande desafio de quem se torna famoso de ápice é transformar o efémero no perene. Para isso, uns nascem com mais estofo que outros, sendo que a componente do trabalho é sempre fulcral para os menos dotados poderem galgar terreno e equilibrar a contenda.

É este o destaque musical desta semana!

http://www.youtube.com/watch?v=K72tfYdYROo


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publicado por Gil Nunes às 17:03
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Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008
Vive la Belgique

Raramente ouvimos falar da Bélgica. Entalada na Europa Central, a antiga Flandres mostra os seus trunfos através de aparições esporádicas de enormíssima qualidade.

É um pais que aprecio pela qualidade e pelo nível que é mostrado ao mundo. Fiéis ao seu estatuto de "pouco mas óptimo",  a Bélgica metalúrgica é escondida num espectro de cultura e triunfo que dá um colorido especial a um povo versátil, trilingue, com identidade definida.

Na gastronomia, as suas cervejas aveludadas e doces têm lugar cativo nas listas de todo o mundo. Ao "dessert", as sempre cremosas e deliciosas tortas liegeois são um óptimo ponto final de um repasto inesquecível.

Na literatura, a criatividade de Georges Simenon foi capaz de oferecer ao mundo as aventuras do Inspector Maigret. Ainda nos policiais, a britânica Agatha Christie piscou o olho à Flandres e criou Hercule Poirot, provavelmente a maior herança detectivesca de todos os tempos. As "little grey cells", no seu estilo anglo-belga, são uma referência da literatura mundial.

No desporto, o Mechelen formou aquele que nas balizas mais brilhou: Michel Preud'homme, guarda-redes que passou por Portugal e que deixa o registo de uma das mais brilhantes exibições de um guarda-redes na história do futebol. Falamos do Bélgica-Holanda do Mundial de 1994! E quem não se lembra de Eddy Merckx, ciclista que venceu por cinco vezes o Tour de France? Só mesmo a inveja humana para o impedir de feitos ainda mais assombrosos.

Na música, e para concluir, temos a toque relaxante e mavioso de Jacques Brel, que recentemente foi considerado o maior belga de todos os mundos. Mais contemporaneamente, uma banda da qual sou um enorme fã, os Hooverphonic, que apesar de não serem muito difundidos em Portugal, apresentam no seu repertório uma versatilidade assinalável, algo que muito louvo.

Neste hino ao requinte, ao charme, à elegância e à conquista que na minha opinião a Bélgica representa, deixo-vos com um tema dos Hooverphonic

 

http://www.youtube.com/watch?v=Lo6Cggl2440&feature=related



publicado por Gil Nunes às 15:27
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