Quinta-feira, 6 de Novembro de 2008
A anti-publicidade

 

Há determinadas formas de chegar ao consumidor que em vez de tornarem o produto apelativo geram no receptor um sentimento de asco. É assim que eu penso de cada vez que abro a minha caixa de correio e me deparo com uma enxurrada de folhetos. Depois, lá tenho eu de separar o trigo do joio, de forma a encontrar a correspondência que realmente me é interessada.
 
Já os tenho bem assinalados, não falha nenhum. De princípio até que pode ter sido feito de forma inconsciente mas ao longo do tempo essa rejeição foi transportada para o meu consciente. Tudo o que diariamente me chega à caixa de correio de forma não endereçada não é para comprar. Que sejam os preços mais baixos, os melhores produtos, uma enorme ocasião de mercado. Pelo bombardeamento constante, a minha resposta é não!
 
No rádio, também muitas vezes sou deparado com trabalhos publicitários que me geram o mesmo sentimento. Na M80, que muitas vezes ouço de manhã, quando estou mesmo a apreciar as minhas melodias de sempre, eis que surge o espaço “Body Slim”, produto destinado ao emagrecimento. Por muito que a entrevistadora se tente mostrar entusiasmada com a conversa, o entrevistado responde às questões sempre da mesma forma sensaborona e entediante. Absolutamente dez minutos completamente desinteressantes, nunca na minha vida comprarei ou recomendarei o “Body Slim”.
 
Para mim, a publicidade é eficaz a partir do momento que é inteligente. Basta, por vezes, conseguirmos chegar ao receptor no momento exacto para lhe despertarmos a atenção e o interesse. È claro que este desafio é difícil, mas acho que a estratégia do “bater na pedra” definitivamente não resulta!

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publicado por Gil Nunes às 10:42
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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008
Moet & Chandon

Há determinadas marcas que se plasmam no próprio produto que representam. O exemplo mais caracterizador pode ser o das “chiclets” mas, na minha perspectiva, a acção de associação de uma marca a um produto é muito mais importante do que isso. Vence, sobretudo, pela forma como conferimos qualidade a esse produto, elevando-o a um patamar de excelência e de requinte.

 

Penso nisto quando ouço “Killer Queen”, um dos temas dos Queen. Como já disse em posts anteriores, gosto que os temas me descubram enquanto vou no carro e, deste modo, considero esta música ligeiramente diferente das outras. Moet & Chandon conecta-me a champagne e a bebida conduz-me à imaginação de situações especial, repletas de requinte e bom gosto.

 

Foi uma marca que se elevou à própria essência da bebida, numa espécie de mensagem francófona para todo o mundo. Seguindo esta linha, entendo que existem produtos mais fáceis para que a marca se associe ao requinte. Lembro-me dos carros, dos relógios ou a alta costura. Agora o champagne, na minha óptica, só é cambiado para outro patamar quando algo existe que assim acredita.

 

Se bem repararmos, afinal não são precisas grandes descobertas para se fazer o mundo girar à medida dos nossos propósitos. Basta, por vezes, ter a ideia certa e saber o rumo certo para que a mesma se transforme em realidade.


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publicado por Gil Nunes às 15:48
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Quinta-feira, 3 de Abril de 2008
Prince e Longines- Ideias de fusão estratégica

Há os artistas e aqueles que pensam que são artistas. No segundo lote moram todos aqueles que pensam que por pintarem o cabelo de cor-de-laranja pensam que transformam, na sua imaginação, beterrabas voadoras em centros de investigação tecnológica. Outros há, que por uma espécie de tômbola do destino, são artistas. Naturalmente. Tal como Prince!

 

Entendo que apesar de obedecer a regras naturais do mundo da música, Prince consegue dar aos seus trabalhos um toque especial que o distinguem como diferente. Penso que o seu grande mérito é o de juntar vários estilos musicais num único trabalho, numa salada que beneficia quem escuta o seu trabalho, saciado pela exigência de diferentes formas de expressão. Em termos de imagem é excêntrico, ultrapassando por algumas vezes a fronteira do socialmente correcto. Contudo, penso que o grande público não se choca, pois sendo artista tem naturalmente um passaporte que lhe dá essa mesma permissão.

 

Um dos meus videoclips preferidos de Prince é “Diamonds and Pearls”. Ao ve-lo no Youtube penso na marca de relógios Longines. Naquele cenário, de demonstração de amor e ternura, os diamantes e as pérolas enquadram-se bem nos propósitos mas segundo o meu ponto de vista falta ali um relógio com estilo e glamour.

 

Os relógios Longines, apesar de não terem uma dimensão planetária(tal como Prince) prezam um desenho extremamente particular, associando na minha perspectiva um clássico estabelecido com as exigências da imagem dos novos tempos. Digamos que os dois elementos temporais se complementam numa receita que produz algo de novo e artístico e que, apesar de não muito difundido, não se afoga no poço da vulgaridade.

 

Era a minha parceria estratégica. Em vez dos spots com André Agassi, uma nova imagem com o artista norte americano, potenciando uma excentricidade peculiar com uma mescla temporal de frutos bem sucedidos.


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publicado por Gil Nunes às 10:57
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